Nossos gestos concretos de amor podem mudar as pessoas muito mais do que as cobranças que geralmente fazemos.
Ao outro não basta saber que o amamos; ele quer sentir que o amamos.
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muita paz
Eu acho que só sei que sou amado quando sinto que sou amado, mas este sentimento é esquisito porque muitas vezes repele os atos de amor que me frustram.
É deste lugar que paro para pensar sobre o amor que possibilita transformações.
Sou vigoroso defensor da autonomia e da liberdade individual, totalmente contrário à ideia de que alguém possa me transformar, mas favorável à ideia de que há contextos que favorecem a minha transformação.
Dito de outra forma, cito Paulo Freire:
"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."
Me atreveria a dizer, parafraseando Freire: "Ninguém transforma ninguém, ninguém transforma a si, os homens se transformam entre si, mediatizados pelo mundo."
A ação do outro em relação comigo, sendo favorável às minhas expectativas ou não, intencionando minha transformação ou não, me afetarão. A partir desta afetação, sou obrigado a gerar respostas, mesmo que sejam silêncios. Mudar torna-se inevitável.
Mas nossa reflexão não é sobre mudança! Ela é sobre o amor, postura relacional que deseja que o outro esteja bem...
Neste sentido, considero que o gesto mais concreto de amor é aquele que abre campo para que eu seja no mundo com o maior grau possível de autoria, mesmo que minhas ações sejam difíceis de compreender ou incoerentes.
Quando recebo cobranças, sinto que estou tendo a minha autoria negada. É como se a autoridade sobre mim estivesse sendo sequestrada pelo outro. Não consigo perceber que cobranças sejam atos de amor, embora possam ser, uma vez que ainda não sabemos amar plenamente.
Se temos espaço para validarmos nossas crenças, experimentarmos nosso desejo e transformarmos nossa essência enquanto contamos com a presença, com a compreensão e com o apoio do outro, então nos sentimos amados. Foi assim que li o pensamento proposto.
Eu acho que só sei que sou amado quando sinto que sou amado, mas este sentimento é esquisito porque muitas vezes repele os atos de amor que me frustram.
É deste lugar que paro para pensar sobre o amor que possibilita transformações.
Sou vigoroso defensor da autonomia e da liberdade individual, totalmente contrário à ideia de que alguém possa me transformar, mas favorável à ideia de que há contextos que favorecem a minha transformação.
Dito de outra forma, cito Paulo Freire: