Faça algo que você sempre quis fazer, mas nunca tentou.
Dê um abraço inesperado em alguém.
Vá ver o por do sol.
Ligue ou mande mensagem para alguém com quem você não fala há algum tempo.
Faça as pazes com as pessoas.
Viva, ria, ame…
+284-082
muita paz
As recomendações me levaram a pensar sobre a impermanência de tudo e sobre o nosso desejo de controlar e tornar tudo previsível.
Será que vemos a vida como uma luta contra adversidades que ameaçam nossa existência? Estaremos buscando a imortalidade estática?
Conseguimos ver a vida como a oferta constante de oportunidades que nos libertam? Vemos que nada é da mesma forma para sempre?
É possível ver o dinamismo da vida que nos apresenta contextos que nos impedem de permanecermos estáticos e que nos impelem à adaptação constante diante da impermanência de tudo?
Vivemos em um planeta que desenvolve uma órbita em torno de uma estrela em movimento em uma galáxia que também não está estática. Nos movemos no universo e isto nos coloca em contato, e sob a influência, de diversos corpos celestes, mas queremos descrever a história da Terra como estável e plenamente previsível em órbitas circulares, isoladas e permanentes. Buscamos compreensões estáticas!
Lamentamos o fluxo natural da biologia de nossos corpos e não queremos falar em morte e nem em envelhecimento, embora a falência do corpo seja um fato inevitável, embora adiável. Desejamos viver a eterna juventude e muitas vezes lamentamos a impossibilidade de sermos crianças novamente. Dificilmente celebramos a velhice com todas as suas características e possibilidades.
O planeta está em constante adaptação diante das forças do magma que faz com que as placas tectônicas se ajustem, mudando a relação entre continentes, ilhas, cidades e países terrestres, mas queremos pensar nossos mapas como estruturas estáticas que podem ser ensinadas da mesma forma nas escolas ao largo das décadas.
Cada primavera revela à vida vegetal e animal de uma região novas oportunidades de florescimento e multiplicação, mas congelamos nossa visão de primavera em pinturas a óleo e lamentamos a diferença entre o que foi retratado e o que está sendo visto.
Milhares de tempestades acontecem diariamente em lugares variados do planeta, mas temos dificuldade de pensar nossas cidades para os dias de chuva...
Falamos na necessidade de empreendedorismo e inovação em nossas culturas, mas resistimos às mudanças impostas por novas formas de fazer e de pensar em nossos trabalhos.
Confrontamos o novo e estamos sempre prontos para combatê-lo caso se aproxime demasiadamente rápido de nossas realidades projetadas para serem estáticas e previsíveis.
Inserir elementos diferentes nas experiências diárias, quebrar rotinas, rever padrões e pensar sobre o dinamismo da vida talvez crie alguma mobilidade e integração às nossas existências.
Acredito que vemos bem-estar nascendo quando lutamos menos contra a mudança inevitável e abrimos nosso psiquismo ao novo.
Penso que riremos e amaremos com mais facilidade quando pararmos de ver riscos para enxergarmos oportunidades.
As recomendações me levaram a pensar sobre a impermanência de tudo e sobre o nosso desejo de controlar e tornar tudo previsível.
Será que vemos a vida como uma luta contra adversidades que ameaçam nossa existência? Estaremos buscando a imortalidade estática?
Conseguimos ver a vida como a oferta constante de oportunidades que nos libertam? Vemos que nada é da mesma forma para sempre?
É possível ver o dinamismo da vida que nos apresenta contextos que nos impedem de permanecermos estáticos e que nos impelem à adaptação constante diante da impermanência de tudo?