Pare de se criticar.
Agindo assim você somente atrairá maiores problemas em seu caminho.
Saia dessa negatividade o quanto antes.
Faça algo de bom por si mesmo, e isso pode ocorrer agora mesmo, através de uma oração, por um olhar de bondade e de uma palavra de estímulo para você.
Você nunca está sozinho
+305-061
muita paz
Criticar, julgar e condenar contra concordar, aceitar e condescender. Me parece que temos forças reacionárias de transformação de um lado e forças conservadoras de acomodação de outro.
É muito curioso pensar como algumas palavras colonizam nosso coração e nos impedem de ampliarmos horizontes. Adicionamos a estas receitas palavras absolutas como somente, sempre, todos e nenhum e temos receitas explosivas de polarização, desprezo e menos valia que talvez nos distanciem do diálogo essencial conosco e com o outro.
Seria revolucionário se conseguíssemos dialogar mais com estas ideias e conceitos sem ficarmos presos às leituras padronizadas e polarizantes.
A ideia de criticar é exaltada por uns, enaltecida por outros e temida ou odiada por muitos. Pessoa desalmada é quase sempre aquela que ocupa o papel de crítico literário ou de cinema quando apresenta falas que não exaltem determinada obra, embora esta pessoa só suba na escala hierárquica de importância social quando realiza críticas severas.
Sadismo de nossa parte? Vivemos uma cultura em que o reconhecimento é obtido por críticas ferozes que sejam capazes de derrubar e humilhar os mais potentes exemplares da raça humana. Pontos ganhos para o crítico, azar de quem é criticado e lucro de quem vende o acesso privilegiado à arena onde a crítica se dá.
Me parece que aprendemos a olhar para a crítica como o braço humano que realiza seleção natural e reafirma que a glória e o sucesso, acessíveis a poucos, são lugres temporários que todos desejam ocupar, mas que poucos ocupam efetivamente.
Esquecemos que a crítica está definida também como "atividade de examinar e avaliar minuciosamente uma produção artística, literária ou científica, bem como costumes e comportamentos."
Talvez não tenhamos percebido que a crítica é resultado da ação de avaliação, que significa "estabelecer a valia, o valor ou o preço de algo", mas também "ter ideia de algo, conjecturar sobre ou determinar a qualidade, a extensão, a intensidade, etc. de algo."
Aquele que critica traz, a meu ver, os holofotes para si em determinado campo. Declara-se para o coletivo como alguém capaz de avaliar para ter ideia, determinar características e definir valor. Será que é por isso que quem critica atrai problemas para si? Assume as responsabilidades diante do objeto avaliado perante si e a sociedade...
Mas se não pensarmos sobre características e valores de nossas produções humanas, como seremos capazes de gerar melhoria e progresso? Como poderemos avaliar a eficácia de algo se não avaliarmos e gerarmos críticas?
Talvez a negatividade não esteja na crítica, mas nos egos que geram críticas destrutivas para estabelecerem-se no topo. Esta negatividade também pode estar no coração orgulhoso daqueles que não admitem o possível reconhecimento de falhas e inadequações de suas obras.
Que dizer da negatividade daqueles que, na posição de expectadores, compram as críticas e as usam como instrumentos de julgamento, humilhação e destruição do outro que se atreveu a fazer algo que não corresponde às expectativas estabelecidas?
Penso que o ato de avaliar e criticar abre caminhos para a evolução contínua de nossas práticas humanas, se realizado de maneira positiva e não condenatória.
O que estamos olhando e esperando como resposta quando nos criticamos?
Seria o reconhecimento autêntico de necessidades urgentes não atendidas?
Que necessidades seriam estas?
Estas necessidades são justas? Podem promover bem-estar, prosperidade e paz?
Estas perguntas talvez possam nortear nossas relações com as avaliações e críticas que fazemos sobre nós mesmos. Penso que estaremos fazendo algo de bom por nós quando formos capazes de afirmar que as avaliações e críticas são justas e carregam em si a ideia de geração de bem-estar, prosperidade e paz.
Acredito que esta postura de avaliação e geração de crítica estabelece um estado de oração, um estado de conexão com a dimensão espiritual de nossas existências. Por este caminho, nunca estaremos sozinhos porque nos abrimos ao diálogo conosco e com o outro, aceitamos ajuda externa e reconhecemos que há espaço para crescermos através da busca pela melhoria.
Como palavra final, eu diria que o erro faz parte do processo de crescimento. Incapazes de ver o todo, portadores de incompletudes e de potencialidades, só não erraremos se não tentarmos realizar.
Mas talvez não realizar não seja uma escolha válida se queremos revolução e transformação para construirmos bem-estar, prosperidade e paz.
Criticar, julgar e condenar contra concordar, aceitar e condescender. Me parece que temos forças reacionárias de transformação de um lado e forças conservadoras de acomodação de outro.
É muito curioso pensar como algumas palavras colonizam nosso coração e nos impedem de ampliarmos horizontes. Adicionamos a estas receitas palavras absolutas como somente, sempre, todos e nenhum e temos receitas explosivas de polarização, desprezo e menos valia que talvez nos distanciem do diálogo essencial conosco e com o outro.