325/2024 - Além da Cor

Inquietação
Como as experiências pessoais e características como a cor da pele influenciam a formação da identidade e a percepção de igualdade em uma sociedade diversa?
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Acordei Inspirado 325/2024 - Além da Cor
325/2024 - Além da Cor
dia do ano
325
Além da Cor
mensagem

A cor da pele não define a alma de um ser humano.
+325-041
muita paz

reflexão

Compreendi claramente a proposição, entretanto, comecei a pensar por outra via. 

Fiquei pensando sobre as tensões e influências culturais exercidas sobre uma pessoa a partir do lugar que ela ocupa na sociedade. 

Reconhecemos que todos nós deveríamos ser vistos sem distinções ligadas a cor da pele, capacidades cognitivas, gênero, orientação sexual, etc. Todos nós, seres humanos, deveríamos ser vistos com igualdade, o que definiria igualdade de direitos e acessos aos recursos do planeta. 

Esta premissa está na base da declaração dos direitos humanos, documento de referência para a maioria dos países na atualidade, embora também reconheçamos que estamos muito distantes da plena implementação desta carta planetária de intensões.

Entretanto, é inevitável deixar de considerar que nossas histórias, incluindo a cor da pele, a nacionalidade, os ambientes culturais em que vivemos e as estruturas sociais que nos acolhem, constituem aspectos únicos e distintivos para cada ser humano. É neste sentido que olho para a questão proposta, uma vez que falamos da alma do ser humano.

Enquanto cidadãos planetários, somos iguais. Mas um ponto desta igualdade é que nossas almas não são iguais entre si. Nossas histórias únicas caracterizam a possibilidade de formação de almas distintas. Neste sentido, talvez possamos afirmar que a cor da pele, assim como o gênero e o país que habitamos, definem, pelo menos em parte, a alma de um ser humano.

Falamos de um complexo conjunto de experiências e relações humanas que contribuem para sermos quem somos.

Se nasci em um país onde não há vacas, seria difícil considerá-las como animais sagrados e, portanto, algumas definições e práticas religiosas talvez nunca tivessem sido pensadas neste ambiente. 

A grande disponibilidade de arroz e a dificuldade de cultivar uvas podem ter levado determinadas pessoas a preferirem produzir saquê ao invés de vinho.

Crianças que são submetidas a ambientes de restrição de acesso à natureza talvez tenham dificuldades em reconhecer árvores, frutas e legumes.

É claro que não falamos de um determinismo ambiental para a constituição da alma humana, mas acredito que não podemos deixar de considerar que a cor de pele por certo apresenta influências importantes, assim como tantas outras características, para a definição da alma.

Uma pessoa de pele branca que nasce e vive em uma região equatorial, por exemplo, terá uma percepção diferente de uma pessoa de pele morena, inclusive por questões de funcionamento fisiológico diante da incidência do sol. Uso minha própria história tropical para pensar a respeito. A cor clara de minha pele me conduziu por experiências limitantes e, por vezes, desagradáveis, ligadas ao verão de férias na praia. 

Na constituição de minha alma, há recortes que me levam aos cuidados com o sol por traumas vividos na infância, vivências bem diferentes das experimentadas por meus amigos com pele morena, que sofreram menos com as queimaduras do sol. Minha lista de compras de itens essenciais de farmácia para o verão traz protetor solar com alto fator de proteção e hidratante, enquanto a lista de alguns amigos traz bronzeadores.

É claro que a cor da pele não é o único fator a ser considerado no processo de definição de minha alma, mas acredito que fica um excelente exemplo para pensar a constituição de minha alma humana, que prefere dias nublados, temperaturas amenas, passeios na floresta e desconforto na praia.

Tenho parentes e amigos com pele clara que adoram dias de sol e praia e, mesmo eu, posso mudar de preferência através de novas vivências, uma vez que não sou uma alma humana estática.

O fato de minha alma ser única, entretanto, não deveria diferenciar o acesso aos recursos que a sociedade me oferece porque, assim como todas as outras almas humanas singulares, também sou um ser humano.

Esta reflexão sobre a diversidade de almas é muito importante porque nós também precisamos nos pensar como seres singulares, portadores de gostos e preferências não padronizadas e de necessidades específicas, que não deveriam ser usados para gerar distinção preconceituosa nas relações em sociedade.

reflexão

Compreendi claramente a proposição, entretanto, comecei a pensar por outra via. 

Fiquei pensando sobre as tensões e influências culturais exercidas sobre uma pessoa a partir do lugar que ela ocupa na sociedade. 

Reconhecemos que todos nós deveríamos ser vistos sem distinções ligadas a cor da pele, capacidades cognitivas, gênero, orientação sexual, etc. Todos nós, seres humanos, deveríamos ser vistos com igualdade, o que definiria igualdade de direitos e acessos aos recursos do planeta. 

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