Vigie constantemente seus pensamentos e sintonias para que não utilize seu potencial magnetizador de forma desequilibrada e descompromissada. Somos responsáveis por tudo que emitimos, positivo ou não.
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muita paz
Caminhando e tropeçando nas palavras...
Vigiar me leva às ideias de policiamento e repressão...
Devo trazer este incômodo de vidas passadas, mas o fato é que me incomoda a necessidade de vigiar ou de ser vigiado. Soa como se eu estivesse fazendo algo importante para mim, mas que não é aceito pelo coletivo violento e repressor em que transito. É como se, a qualquer momento, eu pudesse ser aprisionado e obrigado a pagar compensações e multas por minhas escolhas.
A ideia de vigiar sempre me remete ao erro e à punição. Prefiro a ideia de Observação, ação que abre campo para o espanto, para percepções inéditas que podem me ajudar a crescer como pessoa.
Gosto da possibilidade de mergulhar fundo para achar a causa raiz daquilo que observo na superfície. Mas se estou na dinâmica do vigiar e punir, fico tentado a fazer escondido, a burlar sistemas e a não me permitir mergulhos profundos que exigiriam mais tumultos no espelho d'água.
Impedidos de mergulhar, acabamos vivendo nas superfícies, tratando frequentemente sintomas e raramente as causas. Talvez por isso seja necessária a disciplina como a imposição rígida de uma conduta com objetivo de atingir um resultado preciso, sem falhas ou máculas.
Mas não somos máquinas, somos seres humanos! Nossas complexidades e subjetividades, estabelecidas no inconsciente e que muitas vezes eclodem na superfície consciencial por meio de atos falhos, de resistências e de negações, nos falam da impossibilidade de construir felicidade através da negação de algum aspecto nosso.
Assim, como desequilíbrio e descompromisso se definem em relação a alguma coisa, talvez possamos nos questionar onde estão nossos equilíbrios e compromissos. Ou seja, onde estabelecemos nossas prioridades, embora a procura das respostas para estas perguntas nos obriguem a mergulhos profundos, através das escuridões dos preconceitos, das inseguranças, das heranças culturais e dos traumas não trabalhados.
Penso que meu potencial magnetizador irradia com absoluta sinceridade em relação ao que sinto e ao que sou, é um potencial preciso e muitas vezes cirúrgico, mesmo quando não estou consciente de certas questões. Sendo responsáveis por estas construções, também nos cabe buscarmos a transformação profunda das raízes de nossos comportamentos.
Ao perceber que meus equilíbrios e compromissos apontam para lugares que, consciente ou inconscientemente, não desejo rumar, torna-se urgente trabalhar nas bases para provocar mudanças consistentes e permanentes.
Por tudo isso, eu diria que observar e agir caracterizam uma estratégica mais eficiente do que vigiar quando queremos transformações profundas da alma.
Responsáveis por nossos atos, consistentes com nossas ações e persistentes com nossos sentimentos; escreveremos histórias potentes de humanidades se entrelaçando na vida coletiva.
Caminhando e tropeçando nas palavras...
Vigiar me leva às ideias de policiamento e repressão...
Devo trazer este incômodo de vidas passadas, mas o fato é que me incomoda a necessidade de vigiar ou de ser vigiado. Soa como se eu estivesse fazendo algo importante para mim, mas que não é aceito pelo coletivo violento e repressor em que transito. É como se, a qualquer momento, eu pudesse ser aprisionado e obrigado a pagar compensações e multas por minhas escolhas.