Respeite as ligações e as separações, sem estranheza ou censura, de vez que você não lhes conhece as razões e processos de origem.
+277-089
muita paz
Lembrei de uma reflexão antiga que postei no Acordei Inspirado sobre tolerância, respeito e aceitação. Ela voltou à mente após a leitura da recomendação de hoje.
Tenho buscado trabalhar muito em meu coração a ideia de aceitação, pois entendi recentemente que respeitar é apenas um dos passos necessários para vivermos em uma cultura de paz que promova a vida.
Será que somos capazes de aceitar que há outras formas de sentir e agir sobre a vida?
Frequentemente penso na facilidade com que nossa cultura cria normas, diretrizes, leis e tradições.
Não quero dizer que estes estabelecimentos sejam ruins, pelo contrário. Compreendo a importância deles para o ordenamento da vida em sociedade, para a redução de custos e de riscos, para a liberação de nossas mentes e para a viabilização de grandes construções que envolvem muitas pessoas.
Entretanto, junto à regulação dos atos da vida, construímos resistências ao novo e ao diferente que nos obriga naturalmente a suspendermos ou a reavaliarmos as regulações estabelecidas.
Eu diria que nossa busca por estabilidade, consistência e equilíbrio pode até mesmo nos tornar intolerantes se não tivermos atenção.
Facilmente acionamos mecanismos inconscientes de autodefesa, negamos oportunidades para o que é diferente, geramos constrangimentos aos inovadores e confrontamos o diferente como adverso e ameaça.
Respeitar, segundo minha proposição inicial, seria manter a certeza de que estamos certos, mas criarmos espaços seguros para que o outro realize suas construções. Mantemos o domínio da situação, evitamos contato e não dialogamos com o diferente.
Talvez haja medo de que o contato com o diferente nos modifique e nos coloque em risco.
Penso que o respeito seja um caminho incompleto de construção relacional se queremos estabelecer um movimento relacional orgânico em que dialogamos e crescemos juntos, convivendo com a diferença, influenciados por estas diferenças e influenciando-as.
Se toleramos ou aceitamos, teremos a tendência de querer ajustar o comportamento social diferente do nosso para normatizá-lo ao que julgamos o correto, mesmo após conhecermos as razões e os processos que deram origem a tais comportamentos.
Mas a definição de vida implica em pensar sobre atributos como diversidade, multiplicidade e até mesmo divergência.
Aceitar que o mais forte, influente e poderoso detém as rédeas de sua própria vida, mas que não é capaz de definir a única narrativa possível para as vidas é o desafio humano contemporâneo.
Reduzir a importância do ego, desprender-se dos movimentos de massa, perceber as individualidades com suas múltiplas narrativas válidas e negociar estruturas relacionais em sociedade para que todos possam ter mais autonomia relacional seria uma forma de definir aceitação para dialogar com a recomendação proposta.
Quando conhecemos os processos de vida de outras pessoas e geramos entendimento sobre as razões alheias, nos habilitamos a pensar sobre nossos próprios processos e razões. Entretanto, podemos não estar abertos à mudança, ao diálogo e à transformação.
Presos ao que somos, tememos o novo e o diferente que nos conduzirão a transformações inimagináveis.
Frequentemente preferimos as dores conhecidas aos desconhecimentos que poderão trazer alívios e oportunidades sob o preço de esforços contínuos de observação, formulação e transformação.
Por tudo isso, eu diria que tolerar e respeitar os diferentes modelos relacionais, conhecendo ou não as suas origens, é obrigação imposta pela cultura planetária atual. Aceitá-los é opcional, mas abre portas para olharmos para nós mesmos, para o nosso crescimento como pessoas.
Lembrei de uma reflexão antiga que postei no Acordei Inspirado sobre tolerância, respeito e aceitação. Ela voltou à mente após a leitura da recomendação de hoje.
Tenho buscado trabalhar muito em meu coração a ideia de aceitação, pois entendi recentemente que respeitar é apenas um dos passos necessários para vivermos em uma cultura de paz que promova a vida.
Será que somos capazes de aceitar que há outras formas de sentir e agir sobre a vida?
Frequentemente penso na facilidade com que nossa cultura cria normas, diretrizes, leis e tradições.