Senhor, abençoa cada um que lhe procura em momentos de socorro, de nostalgia e falta de direção.
Que assim seja.
+294-072
muita paz
Por que nos sentimos desprotegidos e carentes de bençãos e proteção nos momentos de dor e desafio?
Que expectativas carregamos sobre o tratamento que a vida deve nos dispensar?
Se acreditamos em uma potência superior e soberana, por que não conseguimos aceitar as decisões que ela nos impõe?
Eu acredito que estas perguntas provocadoras podem disparar uma infinidade de reflexões importantes em nossas vidas, mas eu gostaria de ficar no campo da nossa dificuldade de nos vermos como criaturas mortais, frágeis e falíveis, que não podem ter o controle absoluto sobre a própria vida.
Diante do que não tem uma explicação, ou de explicações que não atendem aos nossos desejos, somos confrontados pela impossibilidade de racionalização e controle.
Isto é amedrontador para nossos egos conscientes, que se sabem finitos e que lutam para existir.
Talvez a dor, o desconforto e o incômodo; eventos que exigem esforços adaptativos, nos sugiram a possibilidade da finitude próxima, contrariando nossa premissa biológica e egoica de nos mantermos vivos.
Como crianças imaturas, talvez não consigamos olhar para o fluxo natural da vida com aceitação e disponibilidade interna para viver o que pode ser vivido com gratidão, ao invés de tentarmos viver o que achamos que deveria ser vivido enquanto lamentamos as frustrações geradas pela impossibilidade de controle de nossa parte.
Desta forma, hoje busco a maturidade enquanto lamento as dores e temo as impossibilidades de controle sobre a vida. Hoje quero, através de meu contato com a espiritualidade e com o mistério do desconhecido, achar este espaço de mais aceitação e menos necessidade de compreensão e controle. Talvez assim eu seja capaz de me sentir mais dirigido pelo universo que me entrega oportunidades únicas de vida a cada segundo de existência.
Quero viver o encantamento de quem sente o presente e o habita com a gratidão de ser que se sente amado, acolhido, sustentado e dirigido sempre.
Por que nos sentimos desprotegidos e carentes de bençãos e proteção nos momentos de dor e desafio?
Que expectativas carregamos sobre o tratamento que a vida deve nos dispensar?
Se acreditamos em uma potência superior e soberana, por que não conseguimos aceitar as decisões que ela nos impõe?