Mais Reflexões

Acho sempre importante e pertinente meditar sobre a importância do ego na vida individual e na vida coletiva.

Há muitas correntes religiosas que nos falam da necessidade de anulação do ego em favor do coletivo, quando nos tornamos um só com o criador.

Mas o que seria "ter cunho de verdade, de fé e otimismo"?

Penso que devemos acolher e processar tudo o que nos chega, pois isto nos ajuda a nos significarmos no mundo. 

É curioso como as palavras possuem força subjetiva! Fiquei incomodado com a ideia de aceitar e suportar.

Entendi inicialmente o suportar como aturar, como resistir a algo.

Penso que o ideal seria vivermos com propósito. Assim os compromissos e obrigações seriam o próprio encontro conosco.

Vivendo com sentido, atendemos os anseios de nossas almas e não estaremos em sofrimento.

Mas nem sempre é possível viver conforme nossos propósitos! 

A estes eu acrescentaria o desejo de ver o outro crescer através da melhor integração à vida. 

Talvez uma reflexão importante anteceda às recomendações propostas.

Qual é o modelo estruturante de humanidade que escolhemos como viável inédito a ser perseguida pela sociedade? 

Como nos vemos em um futuro distante?

O modelo contemporâneo idealizado por nossa sociedade para a maternidade, embora um pouco romântico, talvez nos revele a importância que damos aos vínculos baseados em afeto e às questões do cuidado e do apoio para aqueles com quem temos alguma afinidade. 

Penso que sejam muitas as coisas associadas à perseverança e, por certo, a esperança é uma delas.

Solidariedade fraterna, que aproxima corações fazendo com que nos sintamos menos solitários e mais seguros.

Mas e se a vida não apresentar sinais? Se ela for composta integralmente de sinais?

Eu iria ainda mais longe nesta bela reflexão. O amor é energia vital que une o universo e lhe dá sentido.

Força vitalizante ativa, influencia e estimula a nos relacionarmos intensamente dentro dos limites que conseguimos perceber da vida, embora esteja definido para além deles.

Fiquei pensando nesta falta de coerência entre nosso conselho e a nossa atitude em relação a nós mesmos.

Ela seria desagradável para quem? Para quem recebe o conselho? Para quem observa? Para nós mesmos? 

Perceber-se integrado a algo muito maior do que nós, identificar os possíveis papéis que nos competem neste contexto e tentar executá-los da melhor forma possível é o maior desafio de que tenho notícia.

Seguindo pelo texto proposto e pela subjetividade que desperta através dele, me peguei no verbo conjugado em tempo passado.

Acreditava por que não acredita mais ou atingiu certos resultados porque acreditava?

Acredito que todos nós partilhamos o mesmo destino. Nos tornarmos mais conscientes sobre nós mesmos, o que envolve maior conhecimento sobre o universo em que estamos inseridos.

Depois de lutar muito com a necessidade de ser confiante no sentido de que tudo se acerta com o tempo, com o apoio decisivo da psicoterapia, concluí algo muito importante sobre o sofrimento e o alívio esperado em tempo futuro.

A partir do pensamento proposto fiquei pensando sobre as expectativas e projeções de futuro que estabelecemos em nossas vidas.

Fiquei meditando um pouco sobre a ideia de "estar possuído em grau de alta magnitude pelo amor".

Talvez todos nós estejamos possuídos desta forma, só não somos capazes de reconhecer este amor. Penso que daí surge as necessidades de amarmos e de sermos amados com intensidade.

Hoje tenho quase certeza de que o caminho para construir e manter vínculos passa pelo amor-próprio. É como se, para chegar às relações, nosso amor tivesse que passar por dentro de nós.

Gosto de assumir Jesus como referência de futuro possível. Como se ele fosse um irmão mais velho que aponta para caminhos que nem mesmo sou capaz de imaginar sozinho, embora carregue uma insatisfação crônica que não me permite ficar parado onde estou.

Recentemente fiz uma palestra com um enfoque sobre o merecer que voltou à minha mente através desta citação musical.

O que significa merecer?

Penso que, ao reconhecermos que apresentamos diferentes níveis de maturidade e que o amadurecimento é um processo de aprendizado ao longo do tempo, somos naturalmente levados pela razão a refletir sobre a importância de posturas solidárias no desenrolar deste processo individual de amadurecimento...

Acho que a vida só fica mais fácil porque fortalecemos nossas capacidades e ajustamos nossas caminhadas diante dos aprendizados realizados.

Acho que esta citação dialoga com a reflexão 113/2023, "Vazios em nós. Carência não supridas"

Penso que este seja exatamente o ponto. Agindo como crianças que buscam validação externa, acabamos nos submetendo ao outro de forma tão intensa que nos esquecemos de nós mesmos.

Lembrei muito dos estudos publicados pela Dra. Brené Brown no livro A coragem de ser imperfeito.

Neste livro ela revela uma descoberta intrigante.

Senti uma necessidade enorme de pontuar que, junto a estas recomendações preciosas, devemos nos manter em movimento sempre, mesmo que lentamente.

Acredito que há momentos em que precisamos acumular recursos para ação e, nestas horas, a caminhada é mais lenta.

Por que me desprender do ódio e do ressentimento?

Talvez esta seja a pergunta chave que antecede o "Como", um caminho de reflexão através do qual o universo atuará em resposta às nossas súplicas.

Este exercício foi bem interessante! 

Como sempre uso a subjetividade que brota a partir da leitura. Não acessei a música em si e fiquei pensando em símbolos e significados.

O que o nome de Tiradentes me sugere?

Coragem? 

Ousadia? 

Confesso que fiquei confuso com a citação.

A doutrina espírita nos diz não haver arrastamentos irresistíveis, embora a resistência seja difícil. 

Ela nos diz ainda que somos responsáveis por nossas escolhas, atos, pensamentos e sentimentos.

É uma forma muito rica para enunciar a ideia de nos integrarmos aos movimentos da vida.

Uma sinfonia se faz por notas musicais intercaladas por silêncios. A harmonia se estabelece quando todos se unem à partitura proposta no ritmo necessário.

Atualmente, à medida que estudo, reflito e me aproprio de conhecimentos psicanalíticos, vou estabelecendo pontes com a dimensão espiritual e sinto-me profundamente impactado com palavras livremente colocadas que trazem pesos de desvalorização das experiências vividas.

Amar, colocar o amor universal em movimento, nos leva a pensar sobre as conexões que nos mantém integrados, nas relações que nos significam.

Acho que no amor achamos significado e propósito.

Talvez estes desaprendizados componham uma etapa importante de nossa jornada de tomada de consciência espiritual sobre nós mesmos.

Movidos por um vazio interior que não conseguimos suprir, mergulhamos profundo buscando respostas.

Recorri ao dicionário para começar a pensar no assunto...

Coragem
1. moral forte perante o perigo, os riscos; bravura, intrepidez.
2. firmeza de espírito para enfrentar situação emocional ou moralmente difícil.

Vem sol!

Joga luz pelos caminhos que sigo a fim de que meus passos possam ser mais precisos. 

Traz teu calor para me aquecer, eletrificar minha vida e alimentar às plantas.

Mas clamo-te!

Amei a abertura desta citação!

Fiquei pensando se há bondade nas grandes erupções vulcânicas que devastam áreas enormes à volta e ceifam milhares de vidas vegetais, animais e até humanas...

Vejo muito a paz como um estado em que aceitamos um comando superior ao nosso em nossas vidas, passamos a agir no tempo presente de forma equilibrada. Atuamos sobre o que está ao nosso alcance e aceitamos o que está fora, sem revolta, sem lamentação, mas, principalmente, com gratidão.

Fiquei pensando no que poderia ser a "plenificação humana". 

Depois de meditar sobre o termo, concluí que talvez possa raciocinar em termos da transcendência.

Dando continuidade à reflexão 97, que usou a mesma citação, eu diria que o ato de cuidar exige um esforço contínuo de aprendizado.

Hoje quero ampliar a minha capacidade de amar. 

Já consigo reconhecer que o egoísmo é uma expressão de amor exagerada por mim mesmo que me leva à desconexão com o outro.

Fiquei pensando nos rituais, nas necessidades de cultos externos e de ícones para nos remetermos ao sagrado, cuja assinatura carregamos em nós.

Acho que ainda somos muito imaturos e acabamos procurando fora o que está dentro de nós.