Mais Reflexões

Fiquei pensando nos rituais, nas necessidades de cultos externos e de ícones para nos remetermos ao sagrado, cuja assinatura carregamos em nós.

Acho que ainda somos muito imaturos e acabamos procurando fora o que está dentro de nós. 

Eu diria que cuidar é uma atitude de conexão, uma forma de expressar o amor que existe em nós. 

Cuidar é acolher a vibração amorosa do universo e reverberar esta vibração, promovendo harmonia nas relações que mantemos com os outros e com a natureza.

Frequentemente me surpreendo com o uso de algumas palavras. Acho que sou muito crítico quanto aos conceitos e ideias que estão por trás delas.

Esta citação me trouxe este estranhamento!

Quantas reflexões interessantes podem surgir deste pensamento!

Me senti afetado pelas ideias propostas e especialmente tentado a pensar sobre a relação com o supérfluo e a ideia dos remendos antigos e da necessidade de novos.

Amei esta ideia de ver o amor como um modo em construção para viver e se fazer presente na vida dos outros.

Será que esta imposição sobre os processos da vida para acelerar as coisas não se chama progresso?

Acho que este seria o principal argumento de quem defende a aceleração de tudo.

Hoje fiquei com esta impressão de que oração é um diálogo. Mas será que nos comportamos em conformidade?

Acho que nossa biologia e nossa cultura nos defendem de riscos de finitude quando nos diz: "esforço em excesso é sinal de que há alguma coisa errada para a nossa sobrevivência".

Grande convite para deixar a subjetividade e a criatividade aflorarem.

Uma declaração de gratidão a uma caixa pequena!

O sentimento de gratidão surge em nossos corações no momento em que reconhecemos a importância de algo em nossas vidas. 

A ideia básica de responsabilidade, etimologicamente falando, atravessa o princípio de garantir algo em retribuição.

Mas quem seria esta paz com quem queremos nos relacionar?

Seria a passividade e ausência de esforços físicos e cognitivos, a ausência de surpresas e de necessidades de ajustes nas rotinas? Seria não precisar mais ser criativo para superar desafios? 

Mas será que estamos conscientes de que as verdades que sustentamos podem ser ilusões?

E será que a verdade sustentada pelo outro atende às minhas premissas e necessidades?

Eu diria que somente por amor existimos, mas que precisamos compreender como este amor deve estar manifestado em cada cenário.

Fico pensando ainda que a forma como ele flui através do ato de amar e a fonte de onde vem também são preponderantes para pensarmos em 

Talvez seja importe sabermos se realmente as ideias podem ser discutidas. 

Hoje, cada vez mais, sinto a presença de uma prática definida pela alemã Elisabeth Noelle-Neumann em 1977 que foi chamada de Espiral do silêncio.

Mas, se mesmo assim, eu me mantiver preocupado e aflito ou seguir buscando coisas indesejáveis, ajuda-me a compreender o que me dizes a respeito.

Talvez as preocupações possam ser impulsos que me mobilizem à mudança.

Acho que por vezes brigamos por amor. 

Carregamos certezas fortes e a forte certeza da necessidade de cuidar do outro que julgamos como incapaz. Tentamos impor nossas verdades como caminhos protetores, salvadores e promotores de prosperidade para o outro. 

Talvez só consigamos reconhecer aquilo que já interiorizamos por vivências e de aprendizados.

Penso que há ocorrências "fora" de nós que nem reconhecemos como mistérios pela total falta de um dicionário "dentro" de nós.

Mas há outra forma de pensar esta questão. 

O pensamento proposto nos revela o movimento adaptativo presente e sequencial no universo. 

Através das interações de tudo com tudo em diversos níveis de profundidade e de influência, percebe-se um sistema complexo, misterioso e dinâmico.

Controle, ansiedade e disciplina! 

Uma combinação, a meu ver, muito difícil de equilibrar.

Nosso modelo atual para pensarmos disciplina me sugere o estabelecimento claro de propósitos, de objetivos e de metas que devem ser conduzidos com rigidez. Sem flexibilidade.

Fiquei pensando se amar é atender necessidades...

Gosto da ideia do ato de amar como um movimento individualizado e em constante construção. Talvez seja um ato muito complexo e que não pode ser reduzido ao atendimento das necessidades do outro.

Por curiosidade parei para buscar a origem da palavra "adorar". Segundo o site Origem da Palavra (https://origemdapalavra.com.br/), temos:

Tenho pensado muito sobre esta dimensão que falta, este vazio, esta solidão enquanto sigo em minha jornada formativa como psicanalista.

Fiquei pensando sobre a escuridão que vivemos e que tentamos erradicar para nos sentirmos seguros.

A religião nos conecta a dimensões espirituais e nos permitem construir esta segurança através da fé e da confiança.

Gosto muito de pensar que a bondade é uma forma ideal de ser e que propicia o estabelecimento de relacionamentos saudáveis e éticos. 

Fiquei pensando nesta ideia de sentido da vida e no autoproclamado propósito que parece ter chegado em nossa cultura para ficar.

Muitas vezes estabeleço metas e objetivos e os persigo com tenacidade.

Curiosamente me veio uma imagem interessante ao ler o texto. Não sei se é uma boa analogia para os pensamentos e nem se o princípio se aplica, mas vou arriscar assim mesmo.

Hoje nos concentramos tanto no que não temos, no que nos falta e no que precisamos realizar que, talvez, não consigamos dar conta de reconhecer o espaço sagrado em que nossa  existência se desdobra.

O sagrado!

Acho que condicionarmos nossa felicidade a metas distantes exige muita força, motivação e flexibilidade.

Caso contrário arriscamos desfalecer na jornada que se faz de milhares de momentos vividos no presente com pequenas conquistas, muitas surpresas e várias frustrações.

Eu confesso minha dificuldade de pensar a força criadora por esta via, mas reconheço a interrelação que existe entre tudo o que compõe o universo e que impõe certa solidariedade fraternal para o melhor aproveitamento da vida.

Eu acho que todos nós temos amor para dar. Talvez não atinjamos a expectativa do outro que convive conosco, talvez não consigamos dialogar através dos mesmos modelos de expressão amorosa.

Rotinas, pausas, continuidades e descontinuidades. Acho que a saúde surge da integração destes momentos.

De certa forma, a rotina mata a criatividade e a ausência dela impede que vivamos de forma produtiva os momentos de realização operacional da vida.

Eu penso que somos atravessados o tempo todo por nossas necessidades, que somos convidados e viver com presença. 

Se não estamos prontos para nos abrirmos para o outro, se não conseguimos fazer concessões para que o outro seja ele mesmo em nossa vida, nós inviabilizamos a possibilidade da relação.

Fiquei pensando na proposição de que o clima de felicidade desconsidera o tempo e o espaço.

Viver um estado que nos transporte para além das dimensões do tempo e que nos torne imunes às influências do espaço me pareceu uma proposta alienante.

Esta proposição fez minha cabeça explodir de perguntas e questionamentos! Compartilho com você alguns deles antes de seguir refletindo sobre o tema proposto.

Será realmente necessário deixar coisas em algum estado? Precisamos de intencionalidade na definição deste legado que fica?

Fiquei pensando sobre o que nos leva a pensarmos que estamos desamparados. Acho que falei disso outro dia.

Parece que carregamos o entendimento de que a vida deve ser um mar de rosas, sem dores, sem desafios e cheia alegrias e de paz.

Fiquei pensando na beleza subjetiva desta declaração. 

Eu li este pensamento mais ou menos assim:

Fiquei pensando sobre a potência do pensamento contínuo e focado!

Talvez uma das maiores conquistas que determinem o sucesso de nossos projetos seja a capacidade de nos concentrarmos continuamente em algum assunto.

Por vezes tenho alguma dificuldade em conceituar paz, verdade e amor.

Frequentemente me surpreendo com as certezas absolutas que se forjam em nós através de nossas imaturas visões subjetivas de mundo!

Confesso que não tenho certeza se o abraço à complexidade, os eventos inesperados que nos surpreendem nos tirando da zona de acomodação e as ausências também não deveriam ser considerados como aspectos de beleza da existência.

Uma bela apresentação da ideia que venho desenvolvendo sobre o conceito de amar.

Colocar energias em movimento, reconhecendo o amor sagrado que existe em tudo é, de modo geral, integrar-se integralmente à criação, sem impor condições ou preconceitos.

Acho que partilhar os momentos de vida nos leva a elaborarmos melhor nossas realidades, abre a possibilidade de vermos o nosso mundo sob a perspectiva de outros olhares e ainda abre a chance de entrarmos em contato com outros mundos.

Talvez possamos pensar nas dificuldades diárias como instituições sagradas implementadas pela criação em nossas vidas para nos conduzir a estágios humanos e espirituais mais elevados e plenos.