A felicidade real nasce, invariável , daquela felicidade com que tornamos alguém feliz.
façamos, assim, aos outros o que desejamos que nos façam eles, na convicção de que, se cuidarmos da lei do bem, a lei do bem cuidará também de nós.
+346-019
muita paz
Este é um conceito que sempre me causa um pouco de estranheza.
Quando fazemos ao outro o que queremos que nos façam, podemos estar correndo o risco de impor nossa visão de mundo sobre o outro, negando sua singularidade. Não seria uma forma arrogante de anulação da diversidade do mundo e de imposição de nosso ego para assumir a centralidade do universo?
Talvez o ponto chave para um bom relacionamento seja assumirmos que somos singularidades que devem se relacionar com máximo respeito e aceitação mútuos.
No limite do pensamento e buscando conciliação com o pensamento proposto, fazer ao outro o que gostaríamos que nos fizessem, talvez signifique perguntar ao outro o que ele gostaria que fosse feito por nós a ele e, a partir da resposta, agir em máxima conformidade possível respeitando nossa própria singularidade e possibilidades coletivas.
Talvez esta seja uma proposição utópica e difícil de assumirmos como prática cotidiana, mas acredito que esta seja a chave para negociarmos limites relacionais e estabelecermos o melhor atendimento possível às necessidades do outro e às nossas próprias.
Conscientes de que o outro, por não ser uma extensão de nossa singularidade, possui gostos e necessidades diferentes das nossas pode ser o início de uma bela relação em que ambos se sentem respeitados e estimulados a crescer.
Talvez nesta linha relacional nós possamos nos sentir mais felizes, já que não estamos causando dor ao outro e ainda estamos sendo respeitados em nossa singularidade enquanto a vida de ambos prospera na medida possível e de forma eficaz para todos.
Este é um conceito que sempre me causa um pouco de estranheza.