195/2024 - Meu caminhar

Inquietação
E se estivermos fugindo de nossas dores quando tentamos ajudar outras pessoas? Seria autossabotagem de nossa felicidade?
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195/2024
195/2024 - Meu caminhar
dia do ano
195
Meu caminhar
mensagem

🎼Saiu da estrada, da dor fingida🎼
🎼Desceu a estrada, subiu na vida🎼
+195-171
muita paz*

reflexão

Eu diria que este foi um exercício intenso de subjetividade! Gratidão ao amigo Bira por este recorte instigante e tão aberto que possibilitou diversos caminhos. 

Abraçarei alguns caminhos e abandonarei muitos outros, respeitando a obrigação que me impus de não criar reflexões muito longas, embora o desejo seja tentador neste momento.

Sair da estrada é uma figura interessante que me remeteu a uma poesia do poeta sevilhano Antonio Machado chamada Cantares: 

"Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais; caminhante, não há caminho, se faz caminho ao andar"

Penso que, se reconhecemos estradas, é porque não estamos caminhando com a autonomia e autoridade que nos caracterizam como singularidades, como seres autênticos. 

Trilhamos os passos de alguém, nos submetemos às conceituações de terceiros; talvez não estejamos ouvindo a nós mesmos, aos nossos desejos, sonhos, medos e traumas.

Vivendo a história de outras pessoas, as dores que sentimos talvez sejam fruto dos esforços solidários que estamos fazendo para solucionar as dores desta outra pessoa. Seriam estas as dores fingidas? 

Acredito que sim.

Nos isentamos de viver as nossas próprias dores enquanto criamos dores artificiais, solidárias ao sofrimento alheio, mas que talvez não tenham relação com nossas questões.

A estas alturas da reflexão, me sinto na obrigação de dizer que não ouvi a música "POIS É PRA QUE?" de Sidney Miller, de onde estas duas frases provocativas foram recortadas...

Concordo também que há momentos em que reconhecemos questões e dores semelhantes às que sofremos, e acabamos formando coletivos de solucionadores de dores típicas, comuns aos integrantes do grupo.

Mas o foco que nasceu em meu coração e que abracei para esta reflexão é o fato de comprarmos dores que não são nossas, sacrificando os nossos caminhos e sofrendo pela impossibilidade de resolvermos a dor do outro.

Vivendo dores não autorais, fingidas se preferirmos caminhar com o texto proposto, não abraçamos nossas próprias dores e necessidades de caminhada. 

Arrisco dizer que esta decisão pode caracterizar até mesmo a nossa fuga e a maquiagem da insegurança diante da necessidade de fazermos nossos próprios caminhos.

Subir na vida, neste contexto, para o meu coração, seria abdicar das estradas alheias e caminhar na abertura de nossas próprias estradas, quando precisaremos confrontar nossas dores e acharmos resolução para elas, mesmo que seja necessário partilhar alguns trechos de caminhada com pessoas que possuem dores análogas.

reflexão

Eu diria que este foi um exercício intenso de subjetividade! Gratidão ao amigo Bira por este recorte instigante e tão aberto que possibilitou diversos caminhos. 

Abraçarei alguns caminhos e abandonarei muitos outros, respeitando a obrigação que me impus de não criar reflexões muito longas, embora o desejo seja tentador neste momento.

Sair da estrada é uma figura interessante que me remeteu a uma poesia do poeta sevilhano Antonio Machado chamada Cantares: 

"Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais; caminhante, não há caminho, se faz caminho ao andar"

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