363/2021

363/2021
dia do ano
363
mensagem

*A PACIÊNCIA COM OS OUTROS É AMOR.*
_A PACIÊNCIA CONSIGO PRÓPRIO É ESPERANÇA_.
*A PACIÊNCIA COM DEUS É FÉ*
           *+363-002*
           *FELIZ 2022*

reflexão

Depois de ler tantas vezes a palavra paciência no texto, fiquei pensando em um jogo de palavras sugerido pelo som.

Será que paciência é a ciência da paz? Talvez meu coração é que esteja falando alto, buscando estabelecer links com a ideia de paz, de bem-estar e de serenidade que se associam naturalmente para mim...

Uma busca pela etimologia da palavra nos diz que não há uma relação direta entre paz e paciência.

Em sua origem no latim paciência nos fala da capacidade de suportar ou de resistir. O que me remete a um estado de tensão para a manutenção clara de um limite entre nossa individualidade e aquela outra com quem nos relacionamos.

Confesso minha dificuldade diante da proposição do Google! Tenho certa reserva em pensar luta e resistência com a ideia que trago de paciência.

Tendo a pensar na ideia de tolerância para me remeter a este estado de tensão onde lutamos para mantermos uma fronteira a pesar das influências externas.

Acho que um passo importante para a construção da paciência é o estabelecimento de certa capacidade de tolerância e até mesmo de conflito, uma vez que estamos formulando nossa individualidade no processo e os limites precisam ser estabelecidos com clareza.

Mas ser paciente, na minha opinião, é muito mais do que tolerar e resistir. Diz respeito a uma ideia de coexistência pacífica porque não me sinto ameaçado. Não preciso resistir porque nada que o outro faça me tirará do prumo.

Ser paciente é abrir-se para receber o outro em toda a sua potência, dividir com ele quem somos e contribuir com seu crescimento individual sem que se estabeleçam conflitos em mim.

Neste sentido, quando sou paciente com o outro sou capaz de permitir que ele se projete em mim sem que isto me afete. Através da relação entre mim e o outro, este outro pode crescer, perceber-se e amadurecer.

Sabe aquele lance de que quando falamos do outro estamos na realidade falando de nós mesmos? Acho que este lance de ser paciente com o outro é bem por aí. Passa por criarmos este lugar que não nos ameaça mas que pode ajudar o outro a se perceber.

Se alguém fala de mim, será que realmente fala de mim ou fala de seus valores, de suas visões de mundo, de suas conquistas e de suas necessidades?

Criar um espaço seguro para que o outro se manifeste com liberdade talvez seja um das formas mais belas e difíceis de amar, de colocar o amor em movimento através das relações.

Ser paciente conosco talvez signifique permitir nos olharmos em essência, despidos de nossas armaduras. Acho que tem relação com o momento em que assumimos nossas fragilidades, abraçamos nossas sombras e nos propomos a caminhar com elas e não a pesar delas.

É um exercício difícil que exige que compreendamos que não somos quem desejamos ser mas que podemos caminhar nesta direção com empatia e calma.

É necessário aceitarmos quem somos, olharmos para nossas lacunas de conhecimento e para nossas sombras reconhecendo-os com propriedade, honrando-os como passos necessários para chegarmos até o momento em que já conseguimos perceber que pode ser diferente, que pode ser melhor.

Se conseguimos ser pacientes conosco, aceitamos nossas imperfeições. Ao aceitá-las, podemos criar planos e estabelecer estratégias de transformação. 

Por outro lado, se negamos, se não somos pacientes conosco, seguimos cegos aos pontos importantes que precisam ser trabalhados em nós por nós mesmos.

Acho que a paciência com Deus é, na realidade, a paciência conosco, com nosso desconhecimento, com nossa incapacidade de compreensão dos mecanismos que regem a vida e que normalmente atribuímos a Deus.

Quando somos pacientes com Deus talvez estamos assumindo uma posição de aceitação de nossa pequenez diante dos mistérios sagrados da vida.

Talvez estejamos realizando um exercício de aceitar os limites que estão postos para seguirmos a pesar deles pois no final das contas, tudo está conectado atraves de um sentido maior que nos levará a contextos de maior felicidade e superação.

Ter fé não é sermos fiéis a uma ideia ou propósito mesmo quando os motivos e justificativas nos faltam à consciência mas a intuição nos propõe que há um sentido?

Efetivamente seguirei pensando em paciência como a a ciência da paz!

Se somos pacientes, nós nos conciliamos com o mundo em suas manifestações internas, externas e abstratas sem nos sentirmos ameaçados por ele. Aceitamos nossa pequenez e a do outro, compreendemos que tudo na vida é um fluxo contínuo de sentimentos, pensamentos e ações que nos leva a um lugar de maior plenitude.

Se sou paciente tenho paz e não preciso resistir e tolerar. Sigo mantendo o que me significa e transformando em mim o que não faz mais sentido enquanto caminho com o outro em um intenso processo de aventuras e descobertas.

reflexão

Depois de ler tantas vezes a palavra paciência no texto, fiquei pensando em um jogo de palavras sugerido pelo som.

Será que paciência é a ciência da paz? Talvez meu coração é que esteja falando alto, buscando estabelecer links com a ideia de paz, de bem-estar e de serenidade que se associam naturalmente para mim...

Uma busca pela etimologia da palavra nos diz que não há uma relação direta entre paz e paciência.

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