232/2022

232/2022
dia do ano
232
Mandingas modernas e o amor
mensagem

🎼coitado do homem que vai🎼
🎼atrás de mandinga de amor🎼.
+232-133
muita paz

reflexão

Nem sei se a música trata de liberdade e respeito à liberdade do outro. Mas, como procuro dialogar comigo a partir do pensamento apresentado, sem saber o contexto em que está inserido, sigo esta linha da liberdade e do respeito. 

Que subjetividades e visões surgem a partir do que nos é apresentado? Talvez este seja um bom exercício...

A partir do recorte proposto, fiquei pensando na ideia da feitiçaria usada para subverter a vontade alheia submetendo-a a nossos caprichos e vontades. Ou seja, a intensão de colocar o sentimento e o pensamento do outro a nosso serviço para atender nossas carências, necessidades e desejos.

Talvez esta questão seja mais capital do que discutir se mandingas funcionam! 

Em tempos de psicologia aplicada ao marketing e à comunicação, em manipulação do outro através de técnicas de manipulação da emoção e da razão, talvez nem precisemos usar mandingas para atingirmos nossos objetivos.

É neste contexto que questiono as intenções com que nos comunicamos com o outro. O que nos leva ao outro? Fazê-lo servir aos nossos propósitos? Aprender com ele? Construir com ele?

Hoje carrego a convicção de que o outro não é um objeto de fruição ou ferramenta para atingirmos nossos desejos e propósitos. 

Mas talvez tenhamos dificuldade em considerar esta dimensão humana das relações... 

Vemos buscas por milhões de seguidores para gerar autoridade; pensamos em consumir modelos jovens que são sensualizados e sexualizados como marcas de cobiça que implantam hábitos de consumo, objetificamos pessoas como personas consumidoras que devem se enquadrar em modelos de clientes, manipulamos notícias para gerar diferenciais eleitorais, abordamos notícias de forma parcial para manipular a emoção e justificar políticas e decisões corporativas...

Em tempos de mandinga, marketing e comunicação, coitados sejamos todos nós que vemos o outro como objeto de nossas vontades e desejos.

Talvez coitados sejamos todos nós que somos vistos como objetos manipuláveis a favor de propósitos de terceiros.

Talvez coitados sejamos todos nós que não nos percebemos como sujeitos singulares únicos e absolutamente capazes de escrevermos belas histórias de vida.

Talvez coitados sejamos todos nós que negamos o direito do outro de se portar como sujeito singular único e absolutamente capaz de escrever belas histórias de vida.

Mandingueiros especializados, talvez estejamos seguindo pela vida manipulando filhos, netos, cônjuges, pais, avós e desconhecidos que cumprem papéis de clientes e consumidores.

Talvez a conjuração de mandingas faça parte da humanidade que não consegue se perceber em sua plenitude. 

Hoje sigo pensando sobre minhas motivações para mandingar e sobre as carências das pessoas que lançam mandingas em minha direção!

Que papéis quero que os outros ocupem em minha vida? Por quê?

Que papéis querem que eu cumpra na vida dos outros? Por que me nego? Por que concordo? Por que sou indiferente?

Talvez assim possamos encontrar as bases atos de amor sensíveis, sinceros, respeitosos e promotores de felicidade coletiva.

reflexão

Nem sei se a música trata de liberdade e respeito à liberdade do outro. Mas, como procuro dialogar comigo a partir do pensamento apresentado, sem saber o contexto em que está inserido, sigo esta linha da liberdade e do respeito. 

Que subjetividades e visões surgem a partir do que nos é apresentado? Talvez este seja um bom exercício...

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