235/2022

Será que todos nós compartilhamos dos mesmos conhecimentos, habilidades, desconhecimentos, inabilidades, competências, incompetências e responsabilidades?

Será que nossos propósitos são os mesmos?

Penso que onde há amor há também o reconhecimento de nossas singularidades e, a partir dele, percebemos que há uma hierarquia natural de influências onde o que sabe e pode mais, abraça o mais frágil, aquele que sabe menos e que experimenta limitações.

Penso que o amor viabiliza e intensifica esta relação hierárquica com propósito de cuidar e ajudar a crescer ao invés de usar e usufruir.

Talvez todos sejamos iguais no sentido de que temos nossa singularidade e o direito de expressá-la em todo o nosso potencial, mas não penso que isto elimine as estruturas naturais de liderança que se estabelecem na natureza.

Estrelas fazem girar em torno de si planetas, satélites e cometas. Galáxias ordenam sistemas solares e buracos negros ditam o tom da existência até mesmo da luz e da quantidade de energia circulante. 

Nas expressões naturais das vidas vegetal e animal vemos a liderança presente estabelecida em ordens intra e inter espécies articulando biomas inteiros que, mesmo assim, se submetem aos aspectos ditados pelo planeta, pelos satélites e pelo sol.

O avanço das águas respeita os limites do solo duro e rochoso que lhe reduz as tomadas de território

Vemos lideranças nas matilhas, nas manadas, nos formigueiros e nas sociedades humanas mesmo em contextos de profundo amor.

Talvez onde haja amor não existam ocorrências de singularidades se impondo sobre outras por prazer ou por se julgarem superiores mas acredito que as lideranças se estabelecem naturalmente neste processo de condução da vida rumo à plenitude através do amor.

Jesus inspirou e liderou aqueles que já estavam mais atentos para reconhecer a importância do amor ao próximo e da caridade nas ações do dia-a-dia. Ele estabeleceu uma nova postura planetária.

Por tudo isso penso que liderança, quando revestida de intenções de geração de bem-estar individual e coletivo é um ato de amor.

Liderar é conduzir coletivos a um destino comum e acordado por todos. Talvez seja um dos maiores atos de amor que venhamos a conhecer.
 

Será que todos nós compartilhamos dos mesmos conhecimentos, habilidades, desconhecimentos, inabilidades, competências, incompetências e responsabilidades?

Será que nossos propósitos são os mesmos?

Penso que onde há amor há também o reconhecimento de nossas singularidades e, a partir dele, percebemos que há uma hierarquia natural de influências onde o que sabe e pode mais, abraça o mais frágil, aquele que sabe menos e que experimenta limitações.