Por mais que te sintas pleno, não percas o hábito da oração a fim de te manteres equilibrado
+321-044
muita paz
Lembrei de uma aula de álgebra que tive no segundo grau, hoje ensino médio. Estávamos desenhando as funções e fomos conduzidos por um exercício de mudança de referencial. O que acontece quando decidimos estabelecer o marco 0 em um ponto diferente? Há mudanças na equação? E no traçado do gráfico?
Percebemos que convencionar um marco 0 em comum nos dava a segurança e total controle sobre nosso estudo coletivo, mas também percebemos como é difícil conversar quando não temos um referencial comum.
Posteriormente, na cadeira de desenho técnico na engenharia, percebi como era desafiador fazer as vistas do desenho quando eu escolhia um referencial menos favorável.
Fiquei pensando agora se nos sentimos plenos porque estamos realmente plenos, no limite possível para nossa humanidade, ou se nos acostumamos a determinados referenciais que geram a impressão de que estamos seguros.
Pessoalmente tendo a acreditar na segunda opção, pois, quando somos levados pela vida a ver sob ângulos diferentes, acabamos mudando a percepção sobre nós mesmos no mundo; o que era o limite pode se transformar em ponto de partida em novos contextos.
Se acreditamos que a oração pode nos ajudar a conectar com o sagrado, gerando recursos de superação, talvez fiquemos convencidos de que não precisamos orar nos tempos de calmarias e bonanças.
Mas e se a calmaria e a bonança vivenciada forem fruto apenas do referencial que usamos? Talvez existam desafios a vencer e possibilidades de crescer que ainda não fomos capazes de mapear. Provavelmente ainda precisaremos de apoio do sagrado e pode ser interessante mantermos a conexão aberta, mesmo que nos sintamos plenos.
Outra percepção que tive enquanto pensava sobre o assunto diz respeito ao objeto da oração. Se nos sentimos plenos, atendidos em todas as nossas carências, seguros e pacificados, talvez não exista o que pedir. Mas, se reconhecemos o sagrado em nossas vidas, como deixar de agradecer as bençãos recebidas?
Frequentemente esquecemos da oração como movimento de agradecimento ou de reconhecimento do sagrado em nossas vidas...
Por isso acredito que, se acreditamos no sagrado como regente de nossas existências, devemos orar sempre, embora o motivo da oração possa variar conforme o contexto vivido.
Lembrei de uma aula de álgebra que tive no segundo grau, hoje ensino médio. Estávamos desenhando as funções e fomos conduzidos por um exercício de mudança de referencial. O que acontece quando decidimos estabelecer o marco 0 em um ponto diferente? Há mudanças na equação? E no traçado do gráfico?
Percebemos que convencionar um marco 0 em comum nos dava a segurança e total controle sobre nosso estudo coletivo, mas também percebemos como é difícil conversar quando não temos um referencial comum.