108/2024 - Semear chuvas ou viver tempestades?

Fiquei pensando nesta questão da superação. Tenho a impressão de que nosso período histórico tem se contentado com a resolução pontual dos contextos imediatos que a vida apresenta, sem que exista uma ampliação de olhar que permita conectarmos os diversos contextos instantâneos, esforço que nos ajudará a identificar a causa da inquietação ou da contrariedade.

Sem esta visão sistêmica de contextos conectados, corremos o risco de nos mantermos repetindo os mesmos esforços de superação, uma vez que a causa de tais dores não sofreu intervenção.

Procuro sempre priorizar a ação para além da contenção que visa dominar ímpetos de impaciência, de cólera ou de desespero. Atravessar o terreno, transformar as estruturas que estão na base e erradicar os picos da vida provocadores de inquietação ou de contrariedade é esforço para pessoas calmas, resilientes e atentas, que vivem o presente sabendo que tudo teve uma causa e terá consequência. 

Neste contexto de atravessamento, ao superar as crises, talvez possamos dizer "Eu fui mais forte", mas também poderemos dizer "Eu fui sábio". 

Hoje semeio chuvas nas nuvens leves para evitar as tempestades imprevisíveis das nuvens carregadas. Assim, talvez não me torne um ser forte, mas fundarei sabedoria e não terei necessidade de força ou resiliência. 

Fiquei pensando nesta questão da superação. Tenho a impressão de que nosso período histórico tem se contentado com a resolução pontual dos contextos imediatos que a vida apresenta, sem que exista uma ampliação de olhar que permita conectarmos os diversos contextos instantâneos, esforço que nos ajudará a identificar a causa da inquietação ou da contrariedade.

Sem esta visão sistêmica de contextos conectados, corremos o risco de nos mantermos repetindo os mesmos esforços de superação, uma vez que a causa de tais dores não sofreu intervenção.