Fomos criados por Deus com talentos ainda dormentes e que vão sendo despertados à medida que enfrentamos os obstáculos desse mundo
É por isso que a revolta, a rebeldia, a ociosidade, a indolência e o medo em nada colaboram para o nosso adiantamento.
Devemos sim, é buscarmos coragem, fé, perseverança , disciplina e amor, que são os grandes trampolins do nosso progresso.
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muita paz
Talentos dormentes ou possibilidades latentes?
Habito este terreno de fronteira entre o Deus que determina com absoluta precisão nossos destinos, de maneira determinista e irrefutável, e o cenário de liberdade plena em que nos construímos a partir de nossas escolhas em um campo de possibilidades.
Vejo os obstáculos como fruto de nossa ignorância e desconhecimento, o que nos entrega nossos destinos e define os obstáculos como caminhos de construção de nós mesmos e não como impedimentos a serem superados.
O mundo, no contexto de liberdade, não apresentaria obstáculos. Estes se constituiriam conforme estabelecemos nosso desejo e definimos nossas rotas de construção de nós mesmos. Autênticos reformadores do mundo, seria necessário ajustar o mundo e crescer como sujeito para atingirmos a fruição do que desejamos.
Sendo agentes ativos de nossa própria prosperidade, falar em revolta e rebeldia talvez seja falar em resistência à ação determinante do outro em nossas vidas. A ociosidade e a indolência talvez sejam as consequências dos planos de vida conquistados e da ausência de novos sonhos e desejos, enquanto o medo talvez seja fruto da insegurança quanto à definição de nós mesmos e de nossos desejos.
No primeiro contexto, quando temos nosso futuro determinado por uma vontade soberana que nos antecede; a revolta, a rebeldia, a ociosidade, a indolência e o medo talvez sejam frutos da jornada de compreensão sobre nós mesmos, passos obrigatórios para nosso crescimento espiritual. Entregues ao desafio de nos desvendarmos no universo, gerando compreensão sobre nossa identidade e sobre o papel que devemos cumprir, talvez possamos ver tais posturas humanas como o delinear consciente da individualidade frente à criação.
Nos dois contextos, estabelecer coragem, fé, perseverança, disciplina e amor talvez aconteça como consequência natural do progresso feito rumo à destinação estabelecida; seja a liberdade de construir-se, ou a total submissão consciente a uma potência soberanamente superior a nós.
Talvez possamos traçar dezenas de possíveis cenários interpretativos da realidade em que estamos inseridos. Pode ser que existam mais possibilidades do que as que conseguimos mapear atualmente; mas o que nasce como essencial em meu coração, é a importância de não desqualificarmos e nem desconsiderarmos experiências humanas como caminhos viáveis e importantes na construção da felicidade.
Segundo nossa visão de mundo, talvez vejamos alguns aspectos da expressão humana como aspectos facilitadores e tendamos a descartar os demais, vistos como dificultadores. Prescrever caminhos válidos e inválidos para o outro, entretanto, me parece uma ação que desrespeita a humanidade do outro, que é senhor de si e distinto de nós.
Mesmo que prefiramos entender o mundo sobre uma única ótica possível, sempre existirão pessoas capazes de eleger caminhos válidos e diferentes dos nossos, sobre os quais construirão a felicidade relacional.
Talentos dormentes ou possibilidades latentes?
Habito este terreno de fronteira entre o Deus que determina com absoluta precisão nossos destinos, de maneira determinista e irrefutável, e o cenário de liberdade plena em que nos construímos a partir de nossas escolhas em um campo de possibilidades.
Vejo os obstáculos como fruto de nossa ignorância e desconhecimento, o que nos entrega nossos destinos e define os obstáculos como caminhos de construção de nós mesmos e não como impedimentos a serem superados.