185/2024 - Represar para crescer?

Inquietação
Como você encara os momentos de tristeza?
Image
Acordei Inspirado 185/2024 - Represar para crescer?
185/2024 - Represar para crescer?
dia do ano
185
Represar para crescer?
mensagem

A tristeza é como as àguas de um rio.
Precisamos deixar as àguas passarem.
Não coloquemos diques para represar as àguas da tristeza, pois elas poderão transbordar e imundar nossa alma de uma melancolia profunda.
+185-181
muita paz

reflexão

O uso de figuras de linguagem como as metáforas enriquecem nossa capacidade de apreensão das realidades à nossa volta, mas exige elevado nível de abstração e a existência de símbolos culturais e significados em comum.

Parei para pensar sobre as águas fluindo no leito do rio, sobre o ato de represar águas, nos alagamentos...

Os alagamentos provocados por represas redesenham as margens do rio e trazem certo desconforto. Não há dúvidas sobre a necessidade de nos movimentarmos de alguma forma para acolher o novo rio criado.

Penso, entretanto, no enorme potencial de mudança que estes redesenhos nos trazem. A tristeza é uma emoção potente, que nasce da insatisfação diante da frustração de nossas expectativas e que declara aberta e inequivocamente que não estamos satisfeitos com algo.

Resgatando a metáfora da hidrelétrica, toda a água represada cria inimagináveis potenciais de geração de energia elétrica capaz de suprir vida, refrigerar ambientes, iluminar noites, facilitar deslocamentos, promover comunicação.

Talvez o que nos importe não seja deixar as águas passarem, mas usarmos o potencial transformador que elas carreiam para realizarmos nossas vidas buscando a ressignificação de traumas e a transformação de realidades.

Rio que corre perenemente, demarca o ambiente com a natureza de suas águas. 

Talvez seja preciso saber se queremos regar nossa alma com as águas da tristeza de maneira permanente, ou usar o potencial destas águas para realizar algo importante no terreno de nossas almas. 

Ao criarmos um dique e promovermos o alagamento de certos terrenos, favorecemos o nascimento de uma represa com potenciais hídricos e energéticos valiosos.

Perdemos regiões para as águas, o que é lamentável, mas articulamos capacidade de crescimento. 

Arrisco dizer que nem toda inundação causa melancolia. Indo mais além, a melancolia instalada pode ser estágio transitório de felicidades e prosperidades futuros.

Estou certo de que os terrenos porosos de nossa alma são capazes de assimilar doses elevadas de tristeza que vertem eles sob a forma de água abundante. 

Assimilando estas tristezas, aprendemos sobre nós mesmos, sobre nossas expectativas, sobre nossas crenças e escalas de valores.

Mais atentos ao solo que somos, conhecedores de nós mesmos, acolhemos o sol que nos invade sem pedir permissão e as sementes trazidas pelo vento incansável. Fazendo-os dialogar com a água abundante no solo promovemos o nascer de nova vida colorida e perfumada que alimenta e sustenta animais e a nós mesmos.

Com o tempo, florestas inteiras nascerão nas áreas antes alagadas, dando significado sagrado e valioso a cada tristeza sentida, mas é necessária muita coragem para bancar os diques que sentimos a necessidade de criar em determinado momento de nossas vidas para conter o fluxo constante das águas da tristeza.

reflexão

O uso de figuras de linguagem como as metáforas enriquecem nossa capacidade de apreensão das realidades à nossa volta, mas exige elevado nível de abstração e a existência de símbolos culturais e significados em comum.

Parei para pensar sobre as águas fluindo no leito do rio, sobre o ato de represar águas, nos alagamentos...

Os alagamentos provocados por represas redesenham as margens do rio e trazem certo desconforto. Não há dúvidas sobre a necessidade de nos movimentarmos de alguma forma para acolher o novo rio criado.

Mais Reflexões

Como podemos transformar incertezas e desafios inesperados em oportunidades de crescimento e aprendizado pessoal?
Como nossas escolhas e experiências moldam a identidade que acreditamos ser verdadeiramente nossa?
Falamos muito em amor incondicional. Mas este seria um conceito possível de ser implantado em uma vida dinâmica e cheia de incertezas?
Já reparou que tendemos a ser simpático às pessoas que nutrem gostos e preferências semelhantes aos nossos? Mas o que fazemos quando não há afinidade? Tendemos à antipatia?
Há muitos caminhos possíveis para superarmos o que nos causa dor! Mas será que estamos atentos à diferença entre problema e desafios, ocorrências que nos causam dor?
Viver é um ato consciente ou uma imposição do universo sobre nós?
Será que só estudamos para passar de ano? No ambiente educativo da vida, talvez estejamos passando na média e deixando de aprender lições importantes.
Você já tentou definir o amor na sua vida? Tenho vivido descobertas incríveis neste esforço...
Você consegue viver cada ato como a possibilidade de refletir e de aprender através da caminhada na estrada revelada pela vida e pelo tempo?
Você consegue viver com tranquilidade/ O que te traz inquietação/
Você tem dificuldade de reconhecer suas saudades? Como este sentimento pode nos fortalecer?
Muitas vezes clamamos por liberdade sem percebermos quais as dores da alma que fazem nos sentirmos aprisionados. Nossa busca de liberdade passa pela cura das feridas da alma?