Mais Reflexões

Criamos um espaço de autoconhecimento quando falamos em voz audível. 

Acaso ou predestinação? Conquista ativa ou realização passiva? Propósito ou imposição externa?

São alguns pares que se encontram em meu coração neste momento.

Ainda na esteira de vibrações, sentimentos, reflexões e reverberações da reflexão 234/2024, fiquei pensando se a compra não seria vista, muitas vezes, como um ato de conquista, onde acabamos negociando uma troca de valores... 

Parei para pensar sobre as maiorias que se impõe sobre as minorias e sobre a ignorância...

Que esperança nasce quando admitimos que a maioria não vive com bondade? Esbararíamos fadados a um mal maior?

Para pensar a respeito, entretanto, preferi sair da polarização bem vs mal. 

Eu carrego uma certa implicância com algumas palavras, talvez porque me remetam a terrenos onde mapeio medos, inseguranças e mistérios ainda insolúveis para meu coração; conquistar, sem dúvida alguma, é uma destas palavras!

Achei esta comparação muito intrigante. Comparar nossa oração com uma semente me remeteu ao ato de confiança, esperança e paciência em relação a algo sobre o qual nosso controle é pequeno.

A metacognição nos convida a celebrarmos a vida! Talvez ela seja uma característica essencial para percebermos nossa própria existência de forma consciente no aqui e agora! 

Por que será que não nos sentimos merecedores? Que expectativas e avaliações estabelecemos sobre o que vivemos e sobre o que somos privados de viver?

Estas duas perguntas ficaram ecoando em meu coração enquanto eu contemplava o horizonte que me separa do infinito desconhecido.

Grandes dependentes emocionais, nos ressentimos quando estamos privados de interações relacionais íntimas, não necessariamente de conotação sexual.

Esta recomendação me leva a uma reflexão relacional interessante. Nós pensamos em deslocamento no tempo e espaço usando referenciais que servem para medir nosso desempenho. 

Acredito que não é possível viver sem ferimentos, dificuldades e aflições. Mas talvez consigamos equacioná-los para serem suportáveis.

Estaremos prontos para viver plenamente nossos mistérios e abundâncias?

Confesso que fiquei com medo deste amor assimilador. Não tenho certeza se estou disposto a elaborar a eliminação de minha individualidade, embora reconheça a importância da convivência amorosa entre individualidades.

Entendo que precisamos desejar para podermos nos manter, inovar, progredir e crescer como seres humanos....

Com base na reflexão anterior, fiquei pensando quanto da eliminação de dores e da redução de aflições não cabe a nós mesmos através do engenhoso movimento de mobilização de esforços para superação de desafios.

A cada dia que reflito sobre religião, me aproximo com mais clareza da compreensão da ideia limitada que fazemos sobre o que desconhecemos.
...

Eu pensei em outro silêncio enquanto lia a proposição de pensamento. 

Sabe aqueles momentos em que estamos em meio às tempestades que a vida apresenta e somos obrigados a entregar resultados urgentes e importantes como se nossas vidas dependessem da entrega?

Coragem, encorajar e desencorajar, conceitos que só fazem sentido em meu coração quando conseguimos estabelecer clareza, meta, objetivo e propósito.

Ao ler o texto, fui atravessado por uma sensação curiosa, um chamado que me dizia algo diferente sobre a dificuldade que desanima e sobre a facilidade que aprisiona, mas também sobre a dificuldade, a facilidade, a expectativa, o ego e a vida, que talvez seja mais do que um eterno buscar pela acom...

Me habituei a pensar que há um impositivo relacional em tudo o que existe.

Eu tenho a impressão de que não é possível existir sem influenciar e ser influenciado por outras existências.

Melhorar, para meu coração, é transformar ou alterar, com o propósito de favorecer uma visão, um objetivo ou um propósito.

Fiquei pensando sobre a palavra. 

Cada raio de sol, cada vento, cada céu estrelado, tempestade, raio ou maremoto.

Palavras que nos envolvem, que sussurram ou que gritam o universo aos nossos corações.

Talvez vida e amor estejam muito mais conectados do que pensamos. 

Amar pode ser viver, que tem na vida biológica apenas uma expressão pálida de algo muito maior, uma espécie de cola universal que nos conecta reciprocamente.

Mercadores romanos da Antiguidade davam nomes aos ventos. 

O "Ob portus" era o vento favorável que empurrava os barcos na direção de portos seguros. 

Será que uma vida movida pelas rotinas maquinais, pelas tristezas profundas, pelas raivas e ódios diante da não-aceitação das ocorrências da vida que nos atingiram, seria uma vida sem sentido?

Gosto de pensar que a paciência é a ciência da paz, o que implica posturas de tolerância, respeito e aceitação.

Diante do outro, como escolhemos nos relacionar? Consideramos este outro alguém importante?

Talvez estejamos falando da mesma coisa em dimensões distintas. 

Fiquei pesando que talvez o amor seja o próprio mistério vibrando em nossa direção pelo ato de amar, fazendo reverberar em nós o mistério que portamos.

As utopias movem os seres humanos, que constroem o mundo com os ideais de humanidade....

Tenho certeza de que o legado que recebemos não é composto apenas de exemplos de bondade, amor, temperança e dedicação. Fruto de um tempo que favoreceu entendimentos de vida, nossos avós fizeram o que estava ao alcance deles, assim como fazemos hoje o que está ao nosso alcance. 

O que terá acontecido para termos esta percepção de piora das relações humanas? 

Seriam impressões pontuais ou um fenômeno geral?

Eu confesso que fiquei muito inquieto com esta afirmação. A princípio imaginei que fosse pelo fato de não ter vivido a oportunidade de conviver com meus avós, uma vez que dois deles faleceram antes do meu nascimento e dois deles moravam muito distantes de mim. 

Eu diria que o afeto afeta!

Intersomos, ou seja, somos em relação com o outro e negar este fato, é negar também a parte de nós que habita no outro.

Recentemente ouvi um episódio do podcast Cartas de um Terapeuta, do psicólogo Alexandre Coimbra Amaral, que fazia uma avaliação do filme Divertida Mente 2. Em sua fala, Alexandre demarcava a prioridade e o destaque que a cultura ocidental dá à Alegria.

Recentemente estive pensando sobre nossas habilidades de cálculo da vida. 

Calcular pressupõe conhecimento e admite desconhecimentos. 

No primário a professora não solicita que dividamos cinco balas entre duas crianças porque a resposta será a impossibilidade.

Será que devemos caminhar para a compaixão ilimitada?

Por que dirigimos nossas relações em sociedade com desrespeito e falta de inclusão?

Sinto-me feliz por ser capaz de perceber a chance de ter minhas expectativas atendidas, mesmo quando eu não sou capaz de impor minha vontade e meu desejo sobre o universo.

Chorar, cantar, sorrir, temer...

São tantas as expressões autenticas de nossa essência!

Conseguimos viver livremente a plenitude de nossas emoções e sentimentos?

Quais seriam os limites e restrições a estas experiências?

Quando li o pensamento proposto fui atingido por uma poderosa onda de curiosidade.

Como nasce esta necessidade de perfeição? 

Talvez as certezas que podemos ter sobre a vida e sobre os acontecimentos que se atravessam em nossos projetos seja a de que não temos controle e nem capacidade preditiva que nos tragam 100% de certeza sobre nossos empreendimentos.

Sempre me sinto confrontado e preocupado com o uso da palavra lei.

Normalmente associada a códigos de conduta social mutáveis que impõe penalidades ao seu desrespeito, não me traz a impressão de que é suficiente para falar da natureza e da vida.

Existimos. 

Este amor seria a eterna busca de nós mesmos no outro, expectativa de reconhecimento, reciprocidade, estima e complementaridade?

Enfrentei algumas dificuldades para sentir o encadeamento lógico proposto. Divido as inquietações com você!