260/2022

O dicionário me contou que sapiência é um grande acervo de conhecimento, o que me levou a pensar na diferença entre conhecer e saber.

Será melhor sermos sábios ou sapientes?

É claro que podemos considerar os vocábulos sábio e sapiente como sinônimos e, na realidade, acredito que nossa língua os defina como tais.

Mas a provocação que trago nesta reflexão é sobre a diferença capital entre termos muitas informações sobre um assunto e sabermos efetivamente usar estas informações para agir no mundo de forma favorável aos nossos propósitos, ideais e sonhos.

Um computador com inteligência artificial aprende conforme um script de acúmulo de informação e comparação delas segundo determinadas dimensões pré-estabelecidas. Ele pode processar milhões de informações de vento, luminosidade, temperatura e pressão ao amanhecer e talvez possa gerar um modelo preditivo muito preciso para o clima do dia; mas será incapaz de romper seu script e criar uma poesia que fale sobre inovação, tristeza e esperança porque não foi programado para perceber determinados aspectos que apenas a subjetividade humana dimensiona.

Assim como os computadores, somos capazes de buscar informações; mas também somos muito hábeis em estabelecer conexões e em criar novas modalidades de conhecimento a partir destas conexões.

Penso que esta sapiência, que detém informações mas que é capaz de conectá-las e de construir coisas novas a partir destas conexões, não tem preço.
 

O dicionário me contou que sapiência é um grande acervo de conhecimento, o que me levou a pensar na diferença entre conhecer e saber.

Será melhor sermos sábios ou sapientes?

É claro que podemos considerar os vocábulos sábio e sapiente como sinônimos e, na realidade, acredito que nossa língua os defina como tais.

Mas a provocação que trago nesta reflexão é sobre a diferença capital entre termos muitas informações sobre um assunto e sabermos efetivamente usar estas informações para agir no mundo de forma favorável aos nossos propósitos, ideais e sonhos.