Colheremos da vida aquilo que, com ela fizermos: nossos esforços do bem ou nossas fraquezas do mal.
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muita paz
Este pensamento sempre me intrigou quando visto à luz da doutrina espírita.
Em uma avaliação linear, tendemos a calcular que, se fizemos o mal, recolheremos o mal. E se fizemos o bem, recolheremos o bem.
Entretanto tenho dificuldades com este entendimento ao perceber à minha volta respostas da vida que contrariam esta forma de pensar o mundo enunciada por parte da humanidade.
Em que tempo a resposta da vida aos nossos atos nos atinge? Será que existe uma regra?
Por que vemos tanta gente boa passando por dificuldades intensas e tantas pessoas semeando o mal e colhendo facilidades e felicidades?
Há um tempo decidi trocar a lente que uso para olhar para a vida. Acho que por isso adotei a perspectiva espírita.
Ao assumir que a lei divina é imutável, permanente, preexistente à nossa existência e sobrevivente à nossa existência, defini um divisor de águas potente para minha própria conduta perante a vida.
Tudo que acontece é justo por se tratar do atendimento a uma lei universal que não muda nunca.
Então as aparentes contradições precisam ser estudadas e melhor compreendidas. Talvez tenhamos que alterar os nossos discursos para conformarmos nosso entendimento à realidade
Entendi que a lei universal é uma lei que promove progresso e aperfeiçoamento das criaturas rumo à autoconsciência plena e à perfeita integração solidária e colaborativa ao universo.
Acabei abandonando a lei das punições e abraçando a ideia de ações educativas em que somos conduzidos a nos responsabilizarmos por nossas ações.
Neste sentido, eu não preciso ser punido pelo mal que fiz e nem receber o mal em forma de retorno.
Da mesma forma, não recebo o bem como prêmio pelo bem que fiz e nem recebo o bem em forma de retorno.
Tudo o que me acontece visa dirigir meu olhar e promover despertamento de consciência e melhor integração solidária e e colaborativa à vida.
O mal que faço passa a ser visto como uma dificuldade individual de me integrar de maneira plena ao universo que carece de oportunidades e vivências que me conduzam a reflexões, aprendizados e ampliações de entendimento.
Neste sentido talvez o mal cometido demande novos aprendizados que poderão ser conduzidos pela vida de variadas maneiras.
Neste entendimento, sofrer o mal como retorno seria apenas um possível caminho de condução do aprendiz ao aprendizado.
Acredito que colhemos da vida aquilo que nos ajude a nos integrarmos melhor a ela.
Este pensamento sempre me intrigou quando visto à luz da doutrina espírita.
Em uma avaliação linear, tendemos a calcular que, se fizemos o mal, recolheremos o mal. E se fizemos o bem, recolheremos o bem.
Entretanto tenho dificuldades com este entendimento ao perceber à minha volta respostas da vida que contrariam esta forma de pensar o mundo enunciada por parte da humanidade.
Em que tempo a resposta da vida aos nossos atos nos atinge? Será que existe uma regra?