Você é filho de Deus, meu irmão!
Jamais deixe essa afirmativa fora dos seus entendimentos, pois fomos criados à imagem e semelhança do pai e o nosso destino é sermos felizes.
+039-326
muita paz
Damos contornos ao universo através de nossas capacidades humanas de compreensão e ajustamos estes contornos à medida que avançamos em humanidades.
Através de nossos conhecimentos, medos, traumas, vitórias e sonhos projetamos nossos modelos ideais e conformamos toda a nossa compreensão sobre a criação e o criador a estes modelos concebidos e aceitos coletivamente em dado momento de nossas culturas.
Hoje consigo reconhecer diversas proposições de modelos que nos levam a pensar na existência de deuses que simbolizam a estrutura de pensamento de uma determinada humanidade.
Acredito que ao falarmos de nossa filiação divina estamos falando de um desejo e de uma compreensão acerca de algo acima de nós, de uma entidade afetuosa e capaz de apoiar, de suprir e de orientar nossa jornada em um mundo desconhecido. Uma espécie de estrela guia que regeria nossas condutas individuais, estabelecendo um coletivo idealizado.
Ao nos afirmarmos filhos de Deus e não criaturas de Deus, talvez estejamos declarando o reconhecimento de nossas próprias individualidades, talvez estejamos nos reconhecendo como seres conscientes acerca de nós mesmos e nos distinguindo de objetos criados por seus criadores para cumprir passivamente determinados propósitos.
Talvez estejamos assumindo a responsabilidade sobre nós mesmos, mesmo que a projetando em uma entidade criadora externa conforme nossas idealizações.
Ao nos declararmos irmãos e não criações semelhantes para um mesmo fim, talvez possamos pensar nas possibilidades relacionais e na responsabilidade que estabelecemos nas relações de liberdade diante do mundo.
Quando leio a proposição de "jamais deixar a afirmativa fora do entendimento" logo sou levado a pensar na proposição de um acordo relacional durador proposto, estabelecido e mantido a partir do uso consciente de nossos potenciais e capacidades singulares que usa como justificativa a perspectiva de nos reunimos por semelhanças e afinidades.
Este acordo coletivo de conduta perante os semelhantes estaria embasado em uma visão de felicidade no futuro e reuniria a todos os que se propõe à regência de um ideal civilizatório com determinadas proposições éticas. Pelo menos é assim que leio a ideia "fomos criados à imagem e semelhança do pai e o nosso destino é sermos felizes"
Por tudo isso leio o nosso desejo individual, e que se manifesta no coletivo, de estabelecermos sociedades em que possamos viver de forma regulada, equilibrada e isenta de dores ou dificuldades. Em outras palavras, buscamos a felicidade e apostamos em uma proposta magna e superior às possibilidades individuais de realização para alcançar.
Através da união de forças em favor de um ideal, nós nos propomos a estabelecer um mundo mais feliz e pleno que nos acolha de maneira segura e afetuosa.
Ao reconhecermos este nosso desejo, talvez nos habilitemos a dialogar mais clara e objetivamente com pessoas que manifestem outros desejos e anseios e assim consigamos estabelecer uma sociedade mais próspera e pacífica que acolhe em si a proposição de diversidade, tolerância e aceitação do diferente.
Damos contornos ao universo através de nossas capacidades humanas de compreensão e ajustamos estes contornos à medida que avançamos em humanidades.
Através de nossos conhecimentos, medos, traumas, vitórias e sonhos projetamos nossos modelos ideais e conformamos toda a nossa compreensão sobre a criação e o criador a estes modelos concebidos e aceitos coletivamente em dado momento de nossas culturas.
Hoje consigo reconhecer diversas proposições de modelos que nos levam a pensar na existência de deuses que simbolizam a estrutura de pensamento de uma determinada humanidade.