265/2024 - Portas abertas

Inquietação
Com que facilidade você consegue confiar nas pessoas? Seria capaz de receber ajuda?
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Acordei Inspirado 265/2024 - Portas abertas
265/2024 - Portas abertas
dia do ano
265
Portas abertas
mensagem

🎼abra as portas do seu coração🎼
🎼e deixa entrar o bem da caridade🎼.
+265-101
muita paz

reflexão

Três perguntas centrais nasceram em minha mente ao ler o trecho recordado da música Caminho da Felicidade de Luiz Airão:

Por que mantemos as portas do coração fechadas?

Por que nossos corações possuem porta?

O que percebo ao permitir que o amor entre em meu coração através da caridade?

As ideias de vulnerabilidade, insegurança e medo criam quadros em nossos corações e mentes que nos sugerem, talvez como primeira resposta, a urgência de atitudes de defesa, de retraimento e de regulação das relações que estabelecemos com o outro e com a vida.

A certeza que carregamos neste primeiro momento é a de que podemos ser extintos se não formos atentos. É preciso evitar invasões e ser autossuficiente se quisermos evitar a extinção.

Especializados em mapear ameaças para traçar estratégias de sobrevivência, custa-nos acolher a ideia de que a relação com o outro também pode trazer apoio, sustentação, respeito e fraternidade.

Desde cedo somos educados a não falar com estranhos, a guardarmos as provas corrigidas dos cursos que fazemos e comprovantes de pagamento de nossas contas.

O benefício da dúvida, embora seja uma premissa legal em muitas sociedades, não nos impede de sermos digitalmente cancelados e socialmente excluídos diante de uma acusação dirigida a nós.

Casamos e esperamos a traição de nossos parceiros, nos unimos em sociedade e esperamos golpes de nossos sócios.

Treinamos nossas crianças para a defesa, questionamos a saúde mental e social daqueles que confiam muito em outras pessoas, alienamos como inocente aqueles que não são capazes de inferir intenções de dolo nas práticas das pessoas do ciclo de convivência.

Torcemos o nariz para falas de otimismo e preferimos ficar com alarmes, circuitos de câmera, cercas eletrificadas e portas trancadas.

É difícil dizer quando tudo isso começou; eu não me lembro com precisão quando tranquei meu coração e comecei a monitorar as relações que mantenho com outras pessoas, acredito que você também não saiba dizer. Talvez o esquecimento da infância guarde este segredo, embrulhado em traumas e instruções de cuidado.

Deixar-se penetrar pela caridade, ou seja, reconhecer que precisamos de ajuda e acolher a ajuda que chega, é dos grandes desafios em nossa existência contemporânea.

Mas talvez possamos observar a enormidade de histórias de vida que acontecem à nossa volta e que chegam até nossos ouvidos para começarmos a elaborar a informação de que, como seres relacionais, precisamos do outro em nossas vidas.

Por encontros e desencontros nos sentimos mais humanos e mais conectados a uma realidade solidária e fraterna. Curamos mazelas psíquicas e achamos ânimo para uma vida com mais interação em sociedade.

Neste trajeto de relação com a vida, permitir-se ser amado é papel individual que cria possibilidades de vivermos com mais felicidade relações autênticas de amor. Penso, entretanto, que há um longo caminho de reflexão intensa sobre as barreiras e proteções que levantamos como defesa para podermos chegar à porta de nossos corações.

reflexão

Três perguntas centrais nasceram em minha mente ao ler o trecho recordado da música Caminho da Felicidade de Luiz Airão:

Por que mantemos as portas do coração fechadas?

Por que nossos corações possuem porta?

O que percebo ao permitir que o amor entre em meu coração através da caridade?

As ideias de vulnerabilidade, insegurança e medo criam quadros em nossos corações e mentes que nos sugerem, talvez como primeira resposta, a urgência de atitudes de defesa, de retraimento e de regulação das relações que estabelecemos com o outro e com a vida.

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