Mais Reflexões

Nos últimos anos tenho feito um esforço enorme para incluir o mal, os desafetos, os desconfortos, as contrariedades e as dores que me colocam em estado de insatisfação em um lugar inclusivo em relação ao todo, ao sagrado ou à criação de Deus, conforme prefiramos nomear.

Meu olhar para a palavra cuidado como alerta me coloca em um lugar de risco, de perigo e, portanto, de medo.

Será que poderíamos trocar por atenção ou até mesmo omitirmos o alerta? 

Acredito que quando não agimos por medo e coação a vida fica mais plena...

Fui capturado pelo apavoramento frente à impossibilidade de resolução imediata de alguma coisa!

Sentir pavor é ser capturado por intenso medo, que pode ser paralisante ou causador de pânico!

Como pensar a respeito sem nos apavorarmos? 

O que seria real?

Hoje penso em realidade por duas vias distintas. Por um caminho mais espiritual, talvez realidade seja aquilo que nunca acessaremos porque jamais seremos iguais a Deus. A realidade talvez seja o entendimento e a vivência da criação sob o ponto de vista do criador...

A humanidade é um projeto coletivo cujo objeto a ser conquistado vem sendo refinado desde que começamos a nos percebermos como sujeitos. Por isso, talvez possamos medir a nossa humanidade conforme nossos sonhos e realizações ao largo de uma vida.

O que desejo? 

Que possamos resgatar nossas maiores utopias de paz, união e fraternidade e que elas possam guiar nossas ações no mundo. Chamando-as de Deus ou de Jesus, todo início de ciclo nos convoca a resgatarmos nossas idealizações de humanidade em paz.

Acredito que no momento em que conseguirmos estabelecer este pacto de autoamor e autoperdão, aceitando quem somos realmente, com imperfeições, sombras e incapacidade, mas também com conquistas, qualidades e capacidades, deixaremos de depender do amor que vem de fora.

O curioso caminho que as palavras realizam em nós quando nos atingem...

O conceito de verdade como algo único a constranger tudo em todos os lugares e tempos é uma ideia muito difícil de ser apreendida em meu coração.

Sempre que falamos sobre a vontade ou sobre a ação de Deus eu sinto grande curiosidade. Como tomamos conhecimento preciso sobre algo que está além de nossa capacidade de compreensão?

Acho que calma e serenidade nascem do conhecimento das coisas e do entendimento de nossas relações com elas, algo que só ocorre plenamente quando somos capazes de compreender em profundidade quem somos e onde estamos, mas também de enunciarmos com clareza o nosso destino, mesmo não tendo sido tra...

Provocativamente, eu diria que o mundo faz parte do amor, mas que se caracteriza pelo amor em desenvolvimento, esta expressão em movimento constante que expressa-se com parcialidade, superestimando uns em detrimento a outros.

Reciprocidade talvez seja uma das palavras-chave mais importantes nas relações. 

Parece que há uma bússola interna na humanidade que aponta para esta direção da destinação à felicidade, mesmo que tenha que se dar por dores, desafios e dificuldades.

Fiquei pensando na figura mitológica dos Santos Reis, ou Reis Magos, como são comumente chamados. 

Seriam realmente reis ou pessoas poderosas e influentes? 

Onde teriam se encontrado? 

O que os levou a realizarem esta busca juntos? 

Eu confesso certa dificuldade em pensar sobre compromissos impostos, e a ideia de dever de qualquer natureza me leva a este lugar de desconforto diante do impositivo. Eu não tenho certeza se este é um caminho interessante na nossa atualidade para lidarmos com os assuntos.

Tenho pensado bastante nesta proposição contemporânea de que podemos controlar nossas vidas através de nossos esforços.

Gosto muito dos estudos da Dra. Brené Brown sobre a vulnerabilidade que, bem vivida, abre portas para a humanização de nossas relações, para a integração pacífica na sociedade, para o desenvolvimento da criatividade e para o estabelecimento do sentimento de paz.
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Eu não tenho certeza se conseguimos inferir a intensão do criador, principalmente porque não há consenso na humanidade sobre a definição do próprio criador. 

Mas que não nos esqueçamos de que o estabelecimento de novos cenários não se faz unicamente dos esforços individuais.

Que consigamos pensar no tempo como oportunidade de investimento em nós mesmos, na paz e na felicidade da vida coletiva com prosperidade.

Que nossos sonhos de paz e de prosperidade possam iluminar o horizonte de nossas expectativas, revelando criatividade e motivação para caminhamos.

Penso que falar de nossos medos talvez signifique revelar ao outro a nossa essência concentrada. Talvez por isso tenhamos tanta dificuldade de enunciar nossos medos....

Acredito que o amor seja essência do universo, cola que une a todos, mas também o potencial de realização, criado por uma consciência cósmica e colocado à disposição no universo.

Sempre que acesso prescrições, fico pensando sobre o que ultrapassa os limites da cognição e dos sentidos humanos. Inevitavelmente acabo questionando não apenas a prescrição, mas também o objeto a ser conquistado ou evitado através da prescrição.
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Anseio de plenitude, vazio interior, sensação de incompletude, intuição do infinito, carência afetiva, insatisfação com a finitude, negação da morte, busca da imortalidade, busca pelo conforto, certeza da imortalidade, continuidade da vida após a morte, busca pelo progresso...

Configuramos uma data potente para nossa cultura! Uma construção coletiva inspirada por Jesus, que agrega ideais de encontros, de partilhas, de paz, de júbilo e de amor!

Vejo o amor como o decreto do criador, a voz e o verbo presentes na criação, que é transmutado em diversos níveis distintos de expressões criadoras. Dele derivam todos os outros sentimentos, pela presença nas relações ou pela ausência dele em favor de outras relações.

Mais atentos à realidade que corre em paralelo às nossas lutas pela sobrevivência e pela geração de prosperidade material, começamos a sentir a importância de reduzirmos esforços em alguns campos existenciais para vivermos com mais gozo as relações.

Hoje sinto que todos nós estamos cheios de vida, mas que nem todos nós conseguimos aproveitá-la bem.

Autorrealização talvez seja a palavra-chave para o pensamento de hoje!

Fiquei pensando que: quem realiza, realiza alguma coisa!

O que estaremos realizando quando nos autorrealizamos? 

Tive o impulso inicial de rejeitar o pensamento proposto sob a argumentação de que nem tudo é edificado sobre a busca de felicidade através do amor.

O projeto Acordei Inspirado nasceu do desejo de dialogar com fragmentos de pensamentos em busca da ampliação de olhares. 

Talvez o amor seja a energia potencial da criação que está acessível a nós. Recurso que promove a capacidade de vencer o tempo e o espaço, de transcender as fronteiras materiais e existenciais.

Parece que esta é uma das recomendações deixadas para o ocidente sobre a qual mais temos dificuldade de refletir! 

Será que estamos prontos para seguir em frente sem nos apegarmos ao passado cheio de erros e acertos?

Será que precisamos lutar? 

O amor, a paz e a justiça já não estariam implantados no universo, materializando-se através da natureza, que funciona de forma sustentável, embora mutável e impermanente?

Viver é um instrumento para quê?

Sempre que penso em instrumento penso em finalidade, objetivo e intencionalidade, mas também no processo que se realiza através do instrumento.
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Autorrealização é uma palavra curiosa que traz ao meu coração alguns conceitos importantes.

Ontem assisti a uma palestra sobre ampliação da consciência e nela aprendi que um caminho natural para todos nós é o de expansão da consciência, de ampliação da capacidade de se perceber de forma integral, colocando-se além da experiência vivida, como um ser que experimenta a vida através do ego,...

Uau!

Viver é um desafio sublime!

Por que será que esta afirmação empresta tanta verdade às nossas mentes e corações?

Será que vivemos ansiosamente sob a expectativa do que nos falta, tentando atingir uma vida projetada sem dores e dificuldades?

Confesso que fiquei bastante reflexivo sobre a ideia de liberdade.

Diante da necessidade de sobrevivência, presos ou limitados pela inevitabilidade da morte, seremos realmente livres?

Nos diz o Oxford Languages, através do Google, que Conduta é o modo de agir, de se portar, de viver; procedimento.

Que possamos reconhecer as diferenças existentes nos modelos humanos para pensar a felicidade e que sejamos capazes de escolher o modelo mais ético e capaz de promover a paz.

Definitivamente há uma curiosidade permanente sobre a vida em profundidade em minha alma!