Mais Reflexões

Talvez a ideia chave seja o dever fazer.

Penso que, em uma sociedade ansiosa e acelerada como a nossa, iniciamos a realização de muitas coisas, embora algumas delas não estejam conectadas com nossos objetivos, metas ou propósitos.
...

Acho que eu ainda não havia pensado sobre paz desta forma, conectada à razão.

Estou acostumado a pensar em termos de compreensão consciente dos sentimentos e emoções, juntamente com o atendimento das necessidades que percebo como essenciais.

Fico pensando quanto de nossa felicidade atribuímos ao que está além dos limites de nossa individualidade...

Sempre me surpreendo sobre a quantidade de caminhos que podemos construir enquanto refletimos sobre o amor e o ato de amar.

Acho que falamos muito de um amor idealizado, perfeito e pleno, que tentamos desenvolver em nós.

A partir da proposição, eu fiquei pensando se um rochedo merece os impactos inclementes das ondas do mar ou se um antílope merece ser predado. 

Fiquei pensando no processo psicanalítico, que através da ampliação da compreensão gera acomodação das dores e dos traumas, trazendo aceitação, paz e calma.

Muitas vezes confundimos liberdade com descompromisso com a vida e com as relações em sociedade, que nos impõe vários limites. 

Outras vezes nos vemos tão limitados, com tantas restrições impostas pelo mundo e por nós mesmos que nos sentimos prisioneiros cumprindo prisão perpétua.

Lendo a frase lembrei de uma história contada por um amigo. 

Ele estava com a filha e o neto em uma praça. O garotinho era bem pequeno ainda, mas já tinha autonomia para andar e falar. Ele brincava com colegas enquanto meu amigo conversava com a filha em um banco próximo.

Felizes, vamos para a escola todos os dias. Enquanto vemos coerência no que fazemos, enquanto percebemos a conexão entre o nosso desejo e os ambientes em que estamos, nos abrimos para viver intensamente.

Caminhando e tropeçando nas palavras...

Vigiar me leva às ideias de policiamento e repressão... 

Fiquei pensando sobre como as pessoas dirigidas por mágoas, rancores, ódios, tristezas ou melancolias se encaixariam nesta afirmação. Seriam suas vidas sem significado existencial?

O que levaria os esclarecidos e bons à omissão?

Sempre que navego por orações que atribuem caráter de pessoa ao sagrado me recordo do pensador Allan Kardec que, em meados do século XVII, procurou olhar para o sagrado com olhar científico.

É dele uma das proposições mais instigantes: Que é Deus? Causa primária de todas as coisas.

Lembrando a reflexão 328, a anterior a esta, o amor mal aplicado gera escassez em outras áreas da vida, o que pode provocar dores e traumas.

O trecho da música me sugere que talvez se tenha gerado dores e traumas em algum contexto devido ao excesso de amor em outro contexto.

Não seria a própria tristeza um fruto deste infinito amor que nos constrange pela escassez? Talvez estejamos com tanto foco no amor mal dirigido que acabemos aplicando este potencial de ação de maneiras que causam dor.

Acho que a reflexão de hoje, a 327/2023, é continuidade da anterior...

Onde está o agente regulador de nossas existências? Seria algo externo a nós? Ou seria algo inerente à nossa própria vida interior?

Talvez seja impossível estabelecer uma resposta única...

De que lugar a vida fala e dirige as existências?

De onde estamos dialogando com a vida?

Penso que a ideia de muito pode ser bem relativa, dependendo principalmente de quem faz a comparação, mas também do conhecimento e da capacidade daquele a quem o discurso se dirige. 

Por que meu coração não se sente em casa em alguns lugares? 

Será apenas um decreto de que a relação com aquele espaço ou situação acabou? 

Consciência é uma ideia curiosa! Fiquei pensando nesta fronteira do estar consciente do desconhecido em nós, dos mistérios inconscientes e espirituais.

Na reflexão de ontem caminhei com a ideia de que é necessário estabelecermos uma trilha de coerência em nossas vidas. Muitas vezes nós agimos de forma desconectada em relação aos nossos valores e crenças, o que pode estar nos afastando de nós mesmos e gerando sofrimento.

Fiquei pensando na vontade/necessidade que muitos de nós temos em influenciar muitas pessoas em favor da divulgação de uma determinada ideia.

Lembrei de uma aula de álgebra que tive no segundo grau, hoje ensino médio. Estávamos desenhando as funções e fomos conduzidos por um exercício de mudança de referencial. O que acontece quando decidimos estabelecer o marco 0 em um ponto diferente? Há mudanças na equação?...

A ideia de propor o que é o bom da vida em detrimento a outras coisas aparentemente opostas, que poderiam ser o mau da vida é instigante.

Sempre buscamos acessar a facilidade, o menor esforço, o bem-estar, a fruição da felicidade, a ausência de dores e de desafios.
...

Acho que nos ressentimos ao nos sentirmos frustrados; quando avaliamos as ocorrências da vida que nos afetam de forma desfavorável ao nosso desejo. 

Quando olhamos para o amor como uma potência relacional que se especializa conforme a modalidade de relação, talvez fique mais fácil redirecionar esta potência para outros formatos de expressão.

Expressar o amor através do ato de amar, pode ter tantas opções quanto o infinito...

Eu acho que uma inquietação perene e infinita habita em mim. É uma inquietação curiosa, questionadora e crítica que deseja revisitar as ideias postas para encontrar novas possibilidades...

Com sua potência adstringente e intenso brilho, o sol cria contrastes evidenciando nossas resistências e ignorâncias, que se projetam como sombras, possibilitando que nos conheçamos melhor.

Lembro de ter lido em algum lugar sobre a importância de ser tocado após o nascimento.

Mas o que significa ser maior do que aquilo que nos faz tropeçar? Qual é a força que este impedimentos possuem sobre nós?

Seguindo uma linha reflexiva sobre autoconhecimento e desenvolvimento de capacidades, em alguns pontos interessantes que saltaram ao meu coração durante a leitura.

Confesso que não tenho certeza se devemos algo à vida ou se apenas vivemos as consequências de nossas escolhas e ações. Hoje tendo a colocar crédito na segunda opção porque algo em meu coração me diz que não sou devedor e sim aprendiz.

Fiquei pensando se o amor não seria tudo isso e talvez até mais do que isso.

Meu sentimento de religiosidade aponta que o amor é matéria-prima do universo que flui em ondas constantes e que pode ser potencializado pela força do pensamento consciente, que materializaria o ato de amar.

A estranheza sempre me causa atenção, curiosidade, aprofundamentos e aprendizados. Este pensamento me permitiu um mergulho inesperado na subjetividade através da capturara de minha atenção na proposta da instantaneidade de nossas existências!

Que cada um possa encontrar conforto e consolo nas próprias crenças enquanto nós, fraternamente conectados em humanidade, consigamos desenvolver empatia, mas também significar positivamente a passagem.

Somos seres relacionais, dependemos uns dos outros e, talvez por isso, construamos algumas relações vigorosas de reconhecimento da importância do outro em nossas vidas.

Valorizar nos leva à ideia de dar valor, o que me remete ao reconhecimento do valor, da importância de algo ou de alguma coisa. 

Certa vez li em algum lugar que a lembrança me impede de citar, que saudade é o amor que fica depois da partida.

A definição se referia ao luto causado pelo óbito de pessoas amadas, mas eu carreguei em meu coração este pensamento de forma ampla.

É curioso pensar que tudo depende do ponto de vista. 

Lendo o texto fiquei pensando: Somos o amor ou temos o amor?

Fiquei pensando sobre o poder que temos para significar nosso presente, apesar de não termos controle sobre ele.

Que a vinda do infinito ao nosso encontro promova maremotos em nossas almas cheias de limitações criadas por nós mesmos.

Que as muralhas de nossas ganâncias sejam lavadas e a cegueira de nosso intolerância curada.

Ao ler o pequeno trecho da música Tudo Bem de Lulu Santos, fiquei imaginando uma pessoa atirada a uma vida sem direcionamento, como se não tivesse um propósito, ou como se não conseguisse dirigir esforços a um propósito definido.

Pelo pensamento proposto, atingimos a vida feliz através do discernimento entre útil e supérfluo, entre indispensável e secundário, mas, para realizar com tal discernimento, precisamos de autoconhecimento.