Mais Reflexões

Fiquei pensando na questão de começar de onde estivermos. Me senti provocado a pensar na possibilidade de que existam pessoas que ainda não buscam felicidade.

Certa inquietação aterrizou em meu coração. 

Esta citação me deixou pensando sobre o caminho mais budista, que propõe a observação da mente e dos pensamentos gerados por ela como caminho de iluminação e despertamento espiritual.

Estagnar é perder a fluidez, não circular, não correr. Em sua origem etimológica no latim stagno (-are), carrega a ideia de formar grande depósito de água, formar lago, estar submerso, submergir.

Tendo por base o princípio do pensamento científico, procurei pensar em histórias e possíveis histórias em que o amor presente não foi capaz de irradiar beleza, harmonia, paz e saúde. 

Quando abrimos nossos corações às subjetividades, cada palavra conta! Verdades internas emergem, estranhamentos nos convocam à conciliação pelo estudo e pela reflexão, celebrações à vida tornam-se possíveis e a certeza de que somos parte de algo maior torna-se mais evidente.

Certa vez eu estava assistindo a uma palestra sobre religião em que se apresentava o conceito de onisciência de Deus, atributo através do qual o criador seria capaz e saber em tempo real sobre todos os acontecimentos do universo....

Três perguntas centrais nasceram em minha mente ao ler o trecho recordado da música Caminho da Felicidade de Luiz Airão:

Por que mantemos as portas do coração fechadas?

Por que nossos corações possuem porta?

Fiquei pensando sobre esse jogo de ser, fingir ser, tentar ser e desistir de ser.

Jogo que se torna ainda mais complexo quando pensamos em Verdade, verdades, ilusões, desejos, vontades, medos e apegos.

Eu confesso que li o pensamento proposto de outra forma!

Confesso que eu nunca tinha pensado sobre a questão desta forma! Me encantei com a proposição.

De maneira geral tendemos a acreditar que não conseguimos o que queremos porque não nos esforçamos o suficiente, porque não temos os recursos necessários, ou porque não é a vontade de Deus.

O Dicionário Oxford me contou através do Google que loucura pode ter dois significados:

Uau! 

Eu diria que fui invadido por uma tempestade de estranhamentos...

A reflexão de hoje dialoga profundamente com muitos valores que carrego, alguns deles mal mapeados e carentes de atenção! 

Vamos ao mergulho em alguns deles.

Como seres relacionais, precisamos da convivência para estabelecermos saúde psíquica e física.

Como seres frágeis e vulneráveis, dependemos das relações para vivermos com segurança.

Escolhemos definir o céu como espaço sagrado de liberdade e integração. Nossas culturas humanas, até onde sei, enaltecem este espaço como o lar da beleza, da plenitude, da liberdade, do sagrado...

Estaríamos definindo a impossibilidade de viver estes valores de forma natural?

Lamentum, do latim, é uma expressão de sofrimento.

A lamentação está ligada à queixa, ao choro e trata-se de uma expressão de pesar, de mágoa diante do infortúnio, segundo o dicionário Oxford através do Google. 

Uma recomendação forte que estabeleceu um curto-circuito no primeiro momento que li.

Em ações coletivas não é possível me responsabilizar pela minha parte?

Ou não devo assumir sozinho a responsabilidade por algo que foi coletivamente realizado?

Fiquei preso na urgência proposta pelo pensamento! Talvez estejamos falando de outro tipo de urgência...

Pelo expresso, em uma realidade onde a escassez é palavra de ordem, perder oportunidades poderia significar o comprometimento de nossas existências?

O livro Orientação para tempos difíceis quando tudo se desfaz de Pema Chödrön nos fala de uma distinção entre o que sentimos e o que conseguimos compreender cognitivamente....

Eu diria que todos nós somos mistérios. 

Conseguimos jogar luzes sobre pequenas parcelas de nosso ser, tornando-nos conscientes sobre elas. Não é por acaso que falamos tanto na necessidade do autoconhecimento, que pode suprir uma parte deste desconhecimento de si.

Será que todos nós vivemos situações dolorosas e o que nos diferencia é a maior ou menor abertura à união fraterna e solidária, que pode atenuar estas dores ou torná-las suportáveis de alguma forma?

Adorei a possibilidade de explorar este lugar do entrelaçamento das vidas através da ideia de direitos e milagres. Algumas pessoas pensam em milagres como a suspensão das leis da natureza por um ente superior para atender às necessidades insolúveis por outros meios. 

Saúde comportamental é um assunto que não domino, mas talvez seja possível considerar a ideia geral de saúde proposta pela OMS, a Organização Mundial de Saúde.

Várias correlações atravessaram meu corpo ao ler o pensamento proposto. Leituras e estudos sobre a vulnerabilidade, princípios do REIKI, criação de hábitos, ritos de felicidade e de gratidão, autoconhecimento...

Foram tantas conexões que talvez escrevesse um livro!

Este é um dos efeitos mais incríveis que a vida nos impõe. Lembrei de um ditado popular que revela esta sabedoria.

"De grão em grão, a galinha enche o papo"

Desconhecedor do universo, eu teria muita dificuldade em fazer esta afirmação audaciosa, mas reconheço que o amor cresce à medida que o compartilhamos. 

O que determina a necessidade de uma pausa e qual seria a sua utilidade? 

Esta foi a pergunta que brotou em meu coração ao ver a proposição de que as pausas são imposições da vida que podem ser antecipadas pela nossa escolha para evitar um mal maior. 

Existirão caminhos? Ou estes caminhos aparecem aos nossos sentidos conforme nossas capacidades cognitivas?

Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre esta ideia de interferir sobre o sagrado. Concluí que pensar sobre o tamanho de nossa capacidade de interferência pode ser uma boa forma de avaliarmos a força que nossos egos possuem sobre nós mesmos.

Ser honesto é evitar a mentira e a dissuasão, entretanto, o que me chamou a atenção nesta leitura foi a etimologia da palavra. 

"A palavra honestidade vem do latim honos/honestitas, que significa a qualidade do que é honesto. Honos remete a dignidade e honra"

Quando fiz uma especialização sobre educação, aprendi que todo o aprendizado e a ação humana estão ligados ao foco. A neurociência nos mostra como a atenção influencia como percebemos o mundo.

Fiquei pensando nisso ao ler a proposição de hoje.

Os sonhos são a renovação que reside em nós, mas que precisam de espaço de materialização para se manifestarem em nossas vidas. 

A ideia de amar como um ato de oferecimento de si é muito confortável ao meu coração.

Gosto de pensar no ato de amar como uma função consciente básica em que ofertamos, por ecolia, a energia que emana do amor que temos em nós.

Frases curtas e pequenos pensamentos carregam a beleza das telas em branco para nossos pensamentos e subjetividades...

Na origem da palavra educação, vemos o termo Educere, que carrega a ideia de guiar para fora, de promover que o sujeito educado expresse seu potencial.

Criamos um espaço de autoconhecimento quando falamos em voz audível. 

Acaso ou predestinação? Conquista ativa ou realização passiva? Propósito ou imposição externa?

São alguns pares que se encontram em meu coração neste momento.

Ainda na esteira de vibrações, sentimentos, reflexões e reverberações da reflexão 234/2024, fiquei pensando se a compra não seria vista, muitas vezes, como um ato de conquista, onde acabamos negociando uma troca de valores... 

Parei para pensar sobre as maiorias que se impõe sobre as minorias e sobre a ignorância...

Que esperança nasce quando admitimos que a maioria não vive com bondade? Esbararíamos fadados a um mal maior?

Para pensar a respeito, entretanto, preferi sair da polarização bem vs mal. 

Eu carrego uma certa implicância com algumas palavras, talvez porque me remetam a terrenos onde mapeio medos, inseguranças e mistérios ainda insolúveis para meu coração; conquistar, sem dúvida alguma, é uma destas palavras!

Achei esta comparação muito intrigante. Comparar nossa oração com uma semente me remeteu ao ato de confiança, esperança e paciência em relação a algo sobre o qual nosso controle é pequeno.

A metacognição nos convida a celebrarmos a vida! Talvez ela seja uma característica essencial para percebermos nossa própria existência de forma consciente no aqui e agora! 

Por que será que não nos sentimos merecedores? Que expectativas e avaliações estabelecemos sobre o que vivemos e sobre o que somos privados de viver?

Estas duas perguntas ficaram ecoando em meu coração enquanto eu contemplava o horizonte que me separa do infinito desconhecido.

Grandes dependentes emocionais, nos ressentimos quando estamos privados de interações relacionais íntimas, não necessariamente de conotação sexual.